Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 61

Naquela noite, Ademir foi ao Clube de Lazer Yayoi.

Filipe Pinto e Kevin Carvalho estavam presentes, e Hugo Lima, que havia sumido por mais de um mês, também apareceu. Se sentaram ao redor da mesa, preparando chás.

Quando Hugo levantou a cabeça e viu Ademir, comentou:

— Sr. Ademir, você chegou! Venha provar o chá que preparei.

Ademir pegou a xícara e bebeu de um gole só. Então, apontando para Filipe e Kevin, perguntou:

— Ele está aqui no Clube de Lazer Yayoi preparando chá, e vocês deixam?

— Não temos como impedi-lo, o Sr. Lima tem mostrado um grande interesse em preparar chá ultimamente. — Respondeu Kevin com um encolher de ombros.

Hugo suspirou e se acomodou ao lado de Ademir:

— Minha vida anda tão monótona, nada comparada à sua. Soube que, enquanto eu estive fora, o Sr. Ademir conseguiu arranjar uma esposa e uma namorada.

— Impressionante! — Os homens caíram na gargalhada, aproveitando a oportunidade para provocá-lo.

Ademir nem sequer se deu ao trabalho de olhá-los. Sabia que eles estavam apenas esperando uma chance para rir dele. Hugo continuava a rir, mas então perguntou, tentando parecer sério:

— Sr. Ademir, falando sério, qual das duas você gosta mais?

Ademir ficou surpreso e permaneceu em silêncio. Filipe, que estava jogando xadrez com Kevin do outro lado da mesa, interrompeu:

— Precisa mesmo perguntar? Se ele estivesse satisfeito com a esposa, não teria arranjado uma namorada, certo?

— Você tem razão. — Concordou Hugo.

Todos sabiam que o casamento de Ademir havia sido decidido por seu avô, Otávio. Ademir nem sequer teve uma cerimônia de casamento.

— Não fique chateado. — Disse Hugo, dando um tapinha no ombro de Ademir. — Seu avô gosta da sua esposa, então não precisa se preocupar com ela. Com tudo o que você tem, Sr. Ademir, acha mesmo que sua namorada vai se sentir desprezada?

Ademir lançou-lhe um olhar, afastando a mão de Hugo, e respondeu:

— Você nunca diz nada que preste.

Hugo parou de rir e perguntou:

— Agora, sendo sincero, com uma esposa e uma namorada, o que você vai fazer com sua "pequena borboleta"? Vai deixá-la esperando ou já a esqueceu?

Como irmãos de longa data, Hugo e os outros sabiam que Ademir já havia se apaixonado antes. Durante sua juventude, ele viveu uma linda história de amor.

Aqueles que o conheciam, sabiam que Ademir sempre teve relações limpas com as mulheres, e o motivo mais importante para isso era que ele já tinha alguém em seu coração.

Fazia muitos anos que ele e sua "pequena borboleta" estavam separados, mas Ademir permanecia fiel à promessa que fizeram, esperando pacientemente que ela voltasse...

Ao ouvir Hugo mencionar a pequena borboleta, Ademir ficou em silêncio por um momento, depois sorriu amargamente e balançou a cabeça:

— Eu não a esqueci. Mas nesta vida, acho que não teremos mais a chance de nos encontrarmos.

Ele havia esperado por tantos anos, mas a pequena borboleta nunca mais voltou...

Vendo que Ademir estava abatido, Filipe sugeriu:

— Vamos, jogar bola!

— Vamos!

Hugo puxou Ademir, dizendo:

— Se junte a nós, Sr. Ademir!

...

Depois de se despedir de Filipe e os outros, Ademir foi ao hospital, decidido a passar a noite ao lado do avô.

O quarto VIP estava extremamente silencioso, e à noite, o silêncio era ainda mais profundo.

Parado na porta do quarto, Ademir ouviu uma voz suave recitando um trecho do Sutra do Coração.

O Sutra do Coração era a leitura de antes de dormir do avô, e aquela voz... Era a voz de Karina.

Sua garganta se contraiu, e ele se moveu com ainda mais cuidado ao empurrar a porta para entrar.

Ademir segurou o queixo de Karina com ambas as mãos, forçando ela a encará-lo:

— Essa sua boca... Não serve para falar! Serve para...

— Serve para o quê? — Karina perguntou, seus olhos refletindo pura confusão.

"Para beijar!"

Era tudo o que passava pela cabeça de Ademir naquele momento. Ele queria desesperadamente cravar os dentes nos lábios de Karina, silenciá-la de uma vez por todas! Caso contrário, aquela boca só continuaria a dizer coisas que o irritavam profundamente!

Ademir lentamente inclinou a cabeça, se aproximando cada vez mais dos lábios dela...

— Sr. Ademir, Dra. Costa. — A voz de uma enfermeira, fazendo sua ronda pelo corredor, interrompeu o que estava prestes a acontecer. Ela os cumprimentou ao passar pela porta. — Vieram visitar o Sr. Otávio? Já está tarde, ele deve descansar.

Ademir despertou subitamente, soltando Karina e respondendo:

— Sim, já estamos de saída.

— Certo.

Karina puxou a manga de Ademir:

— Vamos embora logo! Não vamos atrapalhar o trabalho deles.

Os dois saíram juntos do quarto.

Karina apontou na direção do alojamento e disse:

— Eu vou indo.

Ademir, ainda frio e distante, apenas assentiu, sem tirar os olhos das costas de Karina enquanto ela se afastava.

Por fora, ele parecia calmo, mas só ele sabia que estava suando frio. Ele quase havia beijado Karina!

O que estava acontecendo com ele?

...

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