Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 53

Logo, a mesa ficou repleta de pratos. Karina não tocou nos talheres, apenas esperava pela sua quiche de frango, que ela havia pedido com pimenta extra e uma boa quantidade de coentro.

— Quiche de frango e uma sopa. — O garçom trouxe a quiche.

Karina pegou a colher e comentou:

— Que cheiro delicioso!

Vitória respirou fundo, puxando a fatia de quiche para si.

— Parece estar delicioso, dá muita vontade de comer! — Vitória parecia ter esquecido que aquela quiche havia sido pedida por Karina. Em meio a tantos pratos na mesa, aquele era o único que Karina havia escolhido.

Vitória pegou uma colherada e levou um pedaço da quiche à boca.

— Está uma delícia.

Ainda segurando o prato, ela também tomou mais dois goles da sopa.

— Ademir! — Vitória levantou o rosto para olhar Ademir, elogiando. — Quem diria que em um lugar tão remoto, a quiche do hotel seria tão gostosa.

Ademir franziu a testa, seus lábios finos se apertaram numa linha reta.

"Será que a Vitória fez de propósito?"

Vitória parou por um instante, como se tivesse se lembrado de algo, e olhou para Karina com um pouco de culpa, dizendo:

— Desculpa, Dra. Costa, eu esqueci que essa quiche era sua. — Enquanto falava, ela empurrou a tigela de volta para Karina. — Eu só comi um pedaço, e só tomei dois goles da sopa, praticamente não toquei no resto.

Vitória parecia gentil e serena, sem qualquer sinal de agressividade em sua expressão.

— Dra. Costa, você não se importa, né?

Karina a encarou, sem dizer nada.

Passaram-se tantos anos, e a Vitória sempre foi assim!

Ao longo dos anos, tudo o que Karina vestia e usava eram coisas que Vitória deixava de lado ou não queria mais!

Agora, Karina não tinha mais nada a ver com eles, mas Vitória ainda a tratava da mesma forma que antes.

Em todas as vezes no passado, Karina havia suportado.

Vitória achava que Karina iria suportar mais uma vez?

— Me importo. — Karina sorriu. — Eu não vou comer a sua saliva.

Vitória mordeu o lábio inferior, inquieta, e olhou para Ademir como se tivesse cometido um grande erro.

Depois de um tempo, Karina limpou a boca, pegou sua bolsa e se levantou:

— Já terminei, vocês podem aproveitar a refeição com calma. Eu vou indo.

— Pare aí. — Ademir a chamou, com as sobrancelhas tão franzidas que pareciam prontas para esmagar um mosquito. — Você vai sair depois de comer só isso?

Ele tinha observado atentamente e sabia que ela só havia comido uma fatia de pão.

Karina soltou uma risada despreocupada e lançou um olhar para Vitória.

— Sr. Ademir, a sua namorada não teve a intenção sincera de me convidar para este jantar. Ela talvez pensasse que eu não perceberia, mas, desculpe, já que percebi, por que eu deveria me sujeitar a ficar aqui e passar por isso?

— Dra. Costa, você está entendendo errado, eu realmente não... — Vitória tentou interromper Karina, quase desesperada.

Karina respondeu com firmeza:

— Não, você teve essa intenção, sim!

Vitória ficou momentaneamente paralisada, mordendo o lábio inferior, e segurou o braço de Ademir, chamando por ele:

— Ademir...

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