Karina cobriu a boca, balançando a cabeça e as mãos. Como poderia vomitar na mão dele?
— Rápido! — Ademir estava muito aflito.
Ele não se afastou, e, no final, Karina não conseguiu segurar e vomitou, de fato, na mão dele, sujando também bastante o casaco.
— Desculpa. — Karina parecia muito fraca, seu rosto pequeno e pálido.
— Não tem problema. — Ademir tirou o casaco com tranquilidade, embrulhou ele e jogou no lixo. — Vou ao banheiro.
Ademir se levantou e saiu.
Quando voltou, a camisa estava molhada. Karina lançou um olhar para Ademir, percebendo que ele não estava usando a camisa que ela havia feito.
Karina esboçou um sorriso, mas não ficou exatamente desapontada.
— Como você está se sentindo agora? — Ademir ainda estava agachado à sua frente, olhando para seus cílios espessos, com uma voz baixa e suave. — Você já estava com fome, e agora, depois de vomitar, o estômago deve estar ainda mais vazio. Não consegue comer essas coisas, há algo mais que gostaria de comer?
Karina não respondeu.
— Fala. — Ademir, impaciente e preocupado, elevou o tom. Ele nunca foi alguém com muita paciência.
— Eu... — Karina disse baixinho. — Quero comer sopa de macarrão.
Assim que terminou de falar, viu os olhos de Ademir se arregalarem.
Karina já sabia que ele reagiria assim, por isso ficou envergonhada de pedir.
— Por que você quer comer isso?
Ademir realmente não entendia. Em um restaurante Michelin tão bom, com tantas comidas deliciosas, por que ela queria justamente uma sopa de macarrão?
De repente, ele se levantou e pegou as chaves do carro.
Karina o observou.
"Ele está mesmo irritado!"
— Vamos. — Ademir a segurou pelo braço. — Aqui, com certeza, não vão ter uma sopa de macarrão para você.
Karina se sentiu injustiçada, sair assim de barriga vazia...
Quando entrou no carro, Karina pensou que, se não conseguiria comer a sopa de macarrão, ao menos poderia ir para casa e cozinhar um pouco de macarrão.
Depois de dirigirem por um tempo, Karina percebeu algo estranho.
Olhando pela janela, ela perguntou, surpresa:
— Para onde estamos indo?
Claramente, aquele não era o caminho para o Hospital J.
Ademir segurou o volante e olhou para ela:
— Você não quer comer sopa de macarrão? Vou te levar para comer.
Karina ficou atônita.
Ademir a levou até a Mansão da família Barbosa. Karina já tinha estado lá uma vez, então reconheceu o lugar.
Mas será que lá tinha sopa de macarrão?
Claro que sim.
— Eu achava que alguém como você, da nobreza, nunca teria ouvido falar de sopa de macarrão.
Ademir riu baixinho, em tom de zombaria:
— E o que tem a nobreza? Nobres não são humanos? Não podem ter comido sopa de macarrão?
— Podem! — Karina acenou rapidamente com a cabeça.
Ademir não pôde deixar de sorrir:
— A sopa de macarrão da Wanessa é deliciosa. Quando eu era pequeno, ela fazia para mim com frequência.
E essa era a pura verdade. Quando Wanessa trouxe a sopa de macarrão, Karina mal conseguiu levantar o rosto, de tão envergonhada que estava.
Ao ver Karina comendo com tanto gosto, Ademir finalmente ficou aliviado.
No entanto, de repente, ele se lembrou do bebê que ela carregava. Uma sensação de inquietação tomou conta dele.
Ademir, instintivamente, pegou um cigarro e se preparou para acendê-lo.
Mas ele parou, mais uma vez, pensando no bebê que estava no ventre dela.
Com o cigarro preso entre os dedos, sem a intenção de fumá-lo, Ademir semicerrou os olhos e perguntou:
— Que tipo de homem é o pai dessa criança?
Karina ficou paralisada, levantando a cabeça bruscamente.
Ademir continuou:
— Ele não sabe da existência do bebê, ou sabe e se recusa a assumir a responsabilidade?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...