Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 119

— O que você está fazendo? — Karina ficou extremamente surpresa, ainda segurando o saco de gelo contra a bochecha.

O rosto de Ademir, de traços perfeitos, estava tomado por uma expressão fria e distante. Ele falou lentamente:

— Não aceito que você pegue dinheiro de outras pessoas! Eu não te dei um cartão? Está sem dinheiro?

Karina ficou sem palavras. Nunca imaginaria que toda a raiva de Ademir fosse apenas para dizer algo assim.

Até a paciência dela tinha limites.

Com a mão livre, Karina empurrou Ademir e disse irritada:

— Saia do meu quarto! Não quero te ver! Eu quero dormir!

Mas Ademir continuou imóvel.

— Você... — Karina revirou os olhos, claramente sem paciência, olhando para ele com aqueles olhos grandes e expressivos.

Para a surpresa de Ademir, ele viu naquela expressão uma pitada de birra.

Foi então que ele reparou no saco de gelo sobre o rosto dela.

De repente, se lembrou de que Karina tinha levado um tapa de Eunice mais cedo naquele dia!

Ademir segurou o pulso dela, e sua voz, normalmente firme, soou um pouco mais suave, cheia de preocupação:

— A Eunice bateu tão forte assim? Me deixe ver se seu rosto está muito inchado.

Karina ficou ainda mais surpresa e, irritada, empurrou ele com ambas as mãos:

— Eu já te mandei sair! Vai embora!

Porém, suas mãos foram rapidamente contidas por Ademir, que a segurou com firmeza, quase como se fosse um brinquedo, imobilizada em suas mãos fortes.

Com uma mão, ele a manteve sob controle, enquanto com a outra afastou os fios de cabelo que caíam sobre sua bochecha.

O lado esquerdo do rosto de Karina estava vermelho e inchado, com as marcas de cinco dedos claramente visíveis.

Eunice realmente tinha batido com força!

Karina, ainda presa, ficou furiosa. Pulou da cama, gritando:

— Você gosta tanto daqui, não é? Ótimo! O quarto é seu, a cama também, eu vou sair!

— Não se mexa!

Ademir rapidamente estendeu os braços, envolvendo-os ao redor dela como se estivesse levantando uma criança, e a ergueu no ar.

Os olhos de Karina se arregalaram enquanto ele a colocava suavemente de volta na cama.

— Fique quieta. — A voz de Ademir estava tensa, como se lutasse contra a própria irritação. Ele a encarou por um momento. — Eu vou sair.

E, sem dizer mais nada, saiu do quarto.

Karina ficou atônita, murmurando para si mesma:

— O que foi isso? Que esquisito!

Quando finalmente se deitou para dormir, o som da chuva batendo na janela a acompanhou. Estava chovendo lá fora.

...

Ademir desceu as escadas e encontrou Rui ainda observando as empregadas terminarem de arrumar a cozinha, sem ter ido descansar.

— Rui.

— Sr. Ademir. — Rui respondeu rapidamente. — Aconteceu algo?

Ademir assentiu e perguntou:

— Lembro que antes usei um remédio para contusões e machucados. Acho que também pode ser usado para o rosto, depois de uma pancada.

— Ainda temos. — Rui acenou afirmativamente. — Precisa dele? Posso buscar agora mesmo.

— Agradeço, Rui.

— Não é incômodo algum.

Rui voltou pouco tempo depois, mas com uma expressão de arrependimento.

— Infelizmente, o remédio que tínhamos está fora da validade... Não podemos usar um medicamento vencido na Karina, especialmente porque ela está grávida.

Ademir franziu a testa, ponderando por um momento, antes de decidir:

— Vou sair para comprar então.

Capítulo 119 1

Capítulo 119 2

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