Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 101

Nesse exato momento, Karina notou que os olhos de Ademir brilharam rapidamente.

Talvez fosse apenas uma ilusão dela.

Mas, mesmo que houvesse apenas uma pequena chance, ela sabia que precisava dizer algumas coisas.

Ademir se inclinou lentamente para mais perto dela e perguntou:

— O que você tem para me dizer?

Olhando para o rosto bonito de Ademir, agora tão próximo, o coração de Karina acelerou, e só depois de um tempo ela conseguiu começar a falar:

— Ademir, você não deveria ser tão bom comigo.

Talvez houvesse algo sutil entre eles no passado, e ela realmente se deixou levar por esse sentimento por um momento.

Mas a realidade a despertou.

Ademir era o namorado de Vitória, e Karina não havia se divorciado apenas para se vingar da família Costa.

Porém, se apaixonar pelo Ademir só traria sofrimento a ela mesma, e isso seria uma enorme tolice!

Ela não poderia cometer esse erro.

— O quê? — O sorriso no rosto de Ademir desapareceu, e seus olhos escureceram. — O que você quer dizer com isso?

Karina respondeu com frieza:

— Aquele dia, na saída da estação, eu pretendia te dizer, mas não tive oportunidade de terminar a conversa. Hoje, estou falando seriamente: não seja mais tão bom comigo. Eu não preciso que você seja bom comigo.

No momento em que Karina terminou de falar, foi como se a lâmina que sempre pairava sobre sua cabeça finalmente tivesse caído!

E o corte, ao atingi-la, doeu.

Mas, pelo menos, ela não precisaria mais viver temendo a todo momento, sem paz em seu coração.

Karina era alguém que, quando recebia bondade, se sentia obrigada a retribuir.

A gentileza de Ademir frequentemente a fazia esquecer que ele era o namorado de Vitória.

Karina apertou os lábios e disse:

— Porque eu tenho medo de não conseguir retribuir a você.

Ademir riu silenciosamente.

Retribuir? Será que ele havia pedido algo em troca?

Ela sabia muito bem o que Ademir esperava como retribuição!

Portanto, Karina estava rejeitando Ademir!

Ademir nunca havia se sentido tão humilhado em toda a sua vida!

Os sentimentos que ele mantinha profundamente enterrados em seu coração, que nem sequer havia tido tempo de revelar, foram imediatamente negados!

Quem Karina pensava que era para fazer isso?

Com um sorriso cínico, Ademir olhou para ela com frieza e desprezo:

— Karina, você está pensando demais, não acha? Quem você pensa que é? Eu, Ademir, posso ter qualquer mulher que quiser. Por que eu iria querer uma mulher que já foi usada por outro homem? Se não fosse por causa do meu avô, eu nem me importaria com você!

As palavras de Ademir foram cruéis, e ao dizê-las, ele próprio sentiu seu coração vacilar por um instante.

Mas Karina, aparentemente, não demonstrou nenhuma reação. Pelo contrário, ela sorriu levemente e respondeu:

— Sr. Ademir, foi realmente um mal-entendido da minha parte. Sendo assim, vou indo. Quanto ao seu xale, Sr. Ademir, deixe para quem realmente precisa.

Dizendo isso, Karina devolveu o xale ao Ademir e se virou para ir embora. No instante em que ela deu as costas, seu rosto empalideceu.

"Uma mulher que já foi usada por outro homem?" Como ela pôde esquecer? Aos olhos de Ademir, desde o início, ela não passava de uma mulher impura!

De certa forma, isso era bom. Finalmente, não havia mais nada entre eles.

Aquela vaga e confusa atração que existia entre os dois, antes mesmo de poder crescer, já havia se dissipado completamente...

Ademir, por sua vez, observou friamente o vulto de Karina se afastar, sem que seu rosto demonstrasse qualquer mudança.

De repente, ele levantou a mão e jogou o xale no chão com força!

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