Gustavo morreu, e André disparou cinco tiros nele.
O médico disse que geralmente é morte instantânea, mas ele ter resistido tanto tempo, talvez fosse para nos dizer algo.
Inês chorava inconsolavelmente, até que finalmente desmaiou.
Eu, por outro lado, contive minha tristeza e segui com as formalidades.
Houve momentos em que quase desmaiei, mas sabia que não podia me permitir fraquejar, o que seria de Inês? E de Tomás?
Lúcia, ao voltar, me pressionou várias vezes, dizendo que eu precisava fazer um check-up, e que meus medicamentos haviam acabado.
Só pude dizer que esperaria resolver as coisas por aqui antes de voltar.
Francisca também estava muito ocupada e chegava e saía com muita pressa.
A polícia também fez algumas visitas, apenas para colher nossos depoimentos, eu e Inês.
Afinal, André já estava morto, e parecia que tudo estava se ajeitando, só faltava a sentença final para Sebastião e Renata.
O que eu não esperava era que toda a família Moreira aparecesse na Província M.
Estava massageando Tomás quando o Velho Sr. Moreira e sua comitiva entraram sem bater.
Ao ver Tomás naquele estado, o Velho Senhor imediatamente teve os olhos marejados.
"Noémia, como você ousa não nos contar uma coisa dessas!"
Flávio foi o primeiro a se aproximar, arrancou minha mão e me empurrou para o lado.
Gisele, por sua vez, correu para me segurar, "irmão, a culpada não é a Noémia, o que você está fazendo? Vai bater nela agora?"
Tânia me olhou com desdém.
"Bater seria o de menos, Tomás é o único herdeiro direto da família Moreira, o que faríamos se algo pior acontecesse?"
"Por causa dos problemas da família dela, Tomás até deixou a empresa de lado, se não fosse por Júlio Moreira, a empresa estaria um caos."
Flávio e Tânia continuaram reclamando, e eu, sem dizer uma palavra, voltei para o lado da cama de Tomás e continuei a massagem.
O médico disse que ele poderia desenvolver atrofia muscular se continuasse deitado daquele jeito, e eu tinha que fazer massagem nele todos os dias para que funcionasse.
Marcelo perguntou baixinho: "Tio, Tomás não deveria voltar conosco?"
O Velho Sr. Moreira assentiu, "Vamos arranjar um avião, a família Batista também entrou em contato comigo, lá tem especialistas em neurologia para consultar Tomás."
Ao ouvir que seria o hospital da família Batista, respirei aliviada.
Com Rafael Batista lá, pelo menos poderíamos encontrar os melhores médicos para ele.
Desta vez, não contrariei o Velho Senhor e segui com todos para o avião.
Mas, na véspera da partida, o Velho Senhor veio ao quarto falar comigo em particular.
"Noémia, Tomás se feriu novamente por sua causa, você deve me dar uma explicação."
Engasguei, sem saber como explicar.
Tomás se machucou por minha causa, e se ele nunca acordasse...
Fechei os olhos lentamente e, quando os abri novamente, ouvi minha própria voz firme: "Cuidarei dele pelo resto da minha vida".
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