Chegando à porta do quarto, estendeu a mão para abri-la e descobriu, para sua surpresa, que estava trancada por dentro.
Havia um limite para tudo, e Vitorino nunca havia sido tratado dessa maneira.
"Ariela, abra a porta..."
A voz de Vitorino ecoou por toda a mansão.
As criadas sentiram um calafrio na espinha por causa da senhora.
Não houve resposta, Ariela estava doente e tinha sido incomodada por duas horas porque Elodie tinha descido as escadas; Ariela estava realmente chateada, deixando Vitorino do lado de fora.
Por mais que ele batesse, Ariela não abriu a porta; na verdade, ela já havia se enrolado nas cobertas, chorando até dormir.
Vitorino passou a noite no escritório, furioso, mantendo os olhos abertos até o amanhecer.
Saiu de carro no início da manhã.
Vitorino encontrou Elodie na empresa; ela o esperou até as primeiras horas da manhã e, quando percebeu que ele não viria, foi encontrá-lo na empresa.
"Você não teve nenhum trabalho recentemente? Está tão livre assim?"
Vitorino estava visivelmente irritado. Quando as pessoas do Grupo Machado a viam, automaticamente a reconheciam como a namorada do Sr. Machado e a deixavam subir sem sequer anunciar.
"Ontem, estive preocupada em atrapalhar seu descanso, pedi à Corina que o chamasse. Por que você não veio?"
Elodie repetiu quase as mesmas palavras de Corina.
Vitorino baixou a cabeça e continuou trabalhando, ignorando Elodie.
Ela não percebeu que Vitorino estava extremamente descontente com essa atitude.
"Se não precisar de mais nada, posso pedir para alguém te levar de volta."
Vitorino mal conseguia conter sua impaciência. Se não fosse pelo fato de ela ter o salvado uma vez, ele não a teria mantido por perto para fazer bagunça.
Ele não era uma pessoa que se deixava usar pelos outros.
Elodie mordeu o lábio.
"A Sra. Machado não deixou você sair, não é? Há alguns dias, eu fui à sua casa para lhe trazer um casaco, a Sra. Machado ficou chateada?"
Elodie, nervosa, disse: "Eu estava apenas ajudando outra pessoa, não me entenda mal, além de você, eu não tenho ninguém. Você precisa acreditar em mim. Vitorino, eu sei que você é bom para mim".
Ela chorou ao falar: "Eu até pensei que você me pediria em casamento, eu é que pensei demais. Minha amiga engravidou antes de se casar e ficou com vergonha de usar o próprio nome no exame, então eu a ajudei, não é meu."
Vitorino se endireitou, falando com frieza e sem emoção.
"Com quem você está não é da minha conta. Não precisa se explicar."
Elodie ficou chocada, pensando que ele deixaria a Sra. Machado de lado por amá-la, mas foi impedido por sua posição e pela resistência da família Machado.
"Vitorino..."
Ela tentou se explicar novamente.
"Não coloque mais coisas sem sentido em minha bolsa, e não venha à minha empresa sem motivo."
Vitorino acrescentou.
"Sou um homem casado, o mundo exterior pode não saber, mas minha esposa sabe. E ela não está contente."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...