Catarina chorou ao falar.
"Sei que é tarde e que você e o Sr. Machado provavelmente já estavam descansando, não posso incomodar o Sr. Machado, mas ele é seu pai e agora só você pode salvá-lo. Liguei para seu irmão e até agora ele não atendeu. Aquele filho ingrato..."
Ariela não estava disposta a ouvir Catarina chorar. Cem mil, de onde ela tiraria isso?
"Espere um pouco."
Às quatro da manhã, por causa de seu pai, ela teve que criar coragem para ligar para ele.
Elodie ficou do lado de fora, congelando por um longo tempo, e quando Vitorino chegou, ela estava tremendo de frio.
Vitorino lhe preparou um café quente com leite para aquecê-la. Ela raramente tinha tempo a sós com Vitorino e insistia que ele ficasse com ela no sofá, assistindo a um filme.
Afinal de contas, ela era a ulher que havia salvado sua vida, e Vitorino concordou com relutância.
Elodie sempre quis que algo mais acontecesse entre eles, mas, infelizmente, Vitorino não estava disposto nem mesmo a lhe oferecer um abraço íntimo. Elodie tinha intenções, mas sempre falhava em seduzi-lo.
Ela viu o celular de Vitorino tocar, não conseguiu ver quem era, e Vitorino se afastou para atender.
"Vitorino, quando você vai voltar?"
Ariela mordia o lábio, sabendo que ele estava com Elodie, mas mesmo assim, humilhando-se ao perguntar.
"O que foi? A Sra. Machado está se sentindo solitária e não consegue dormir por acaso, pensou em me ligar?"
Sua voz estava cheia de sarcasmo. Ariela imediatamente ficou em silêncio.
Ela hesitou por alguns segundos, seu pai ainda estava na sala de cirurgia, e naquela hora, o orgulho não significava nada.
"Eu preciso de cem mil de reais para urgente."
Ela falou com dificuldade, Ariela havia jurado que nunca mais usaria o dinheiro de Vitorino, mas aqui estava ela, quebrando sua promessa.
Vitorino franziu a testa e, depois de um momento, soltou uma risada sarcástica.
"Então você quer dinheiro, achei que você realmente sentia minha falta. Parece que fui iludido."
Parecia que era a Sra. Machado atual ligando para pedir dinheiro.
Isso fez Elodie ainda mais certa de que a atual Sra. Machado não representava uma grande ameaça para ela.
Aquela mulher estava claramente atrás do dinheiro de Vitorino.
Naquele momento, ela precisava se mostrar ainda mais compreensiva e generosa, para puxar os sentimentos de Vitorino para o seu lado.
"Você tem algum problema em casa? Você pode ir se precisar. Eu ficarei bem, de verdade."
Elodie o ajudou cuidadosamente a vestir o casaco.
Vitorino estava irritado e confuso, imaginando se todos os seus esforços para fazer com que Ariela voltasse para casa, pensando que ele a havia ameaçado de forma eficaz, só haviam resultado no fato de ela querer pedir dinheiro.
Por que Ariela queria tanto dinheiro no meio da noite?
Vitorino se sentia como um palhaço, sendo enganado pelo animal de estimação que havia criado.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...