Originalmente, Ariela pretendia fugir com o dinheiro e deixar Vitorino completamente.
Agora, ela se encontrava morando em um pequeno aluguel de menos de dez metros quadrados.
Renato guardou o celular e a consolou.
"Não desanime, sempre há mais soluções do que problemas."
Ariela permaneceu em silêncio.
Quando chegaram ao local onde ela morava, Renato perguntou se ela queria que ele a acompanhasse até o andar de cima.
Lembrando-se de um assalto que sofrera em seu aluguel anterior, Ariela concordou com a cabeça.
A segurança, nesse momento, era mais importante do que evitar suspeitas.
Além disso, quem mais saberia que ela tinha um marido chamado Vitorino?
Quando chegaram ao primeiro andar, Renato abriu gentilmente a porta do carro para Ariela.
Antes mesmo que Ariela saísse do carro, ele foi abruptamente preso contra o veículo, com o rosto pressionado contra o vidro, incapaz de se mover.
Ariela estava apavorada.
"Senhora, o Sr. Machado está esperando por você."
Dois imponentes seguranças dominaram Renato por completo.
Mais adiante, um carro Spyker preto estava estacionado silenciosamente.
O bairro antigo estava mal iluminado.
Contra a luz, a silhueta dele dentro do carro era vagamente distinguível.
Mesmo sem se aproximar, a aura ameaçadora que emanava dele era suficiente para afastar qualquer um que tentasse se aproximar.
O coração de Ariela parecia prestes a saltar do peito.
"Vocês, soltem ele."
Renato estava sendo espremido a ponto de seu rosto ficar deformado e ele estava lutando para respirar.
"Entre no carro. Mais um passo lento e eu o jogarei no mar."
A voz de Vitorino atravessou a noite fria de uma forma perturbadora.
Ariela conhecia a crueldade de Vitorino e sabia que ele cumpria suas ameaças.
As leis e a humanidade eram insignificantes aos olhos dele.
Caso contrário, ela não teria tentado fugir dele, mesmo com o coração partido, usando táticas mais sutis.
Ela sabia que se confrontasse Vitorino diretamente, ele retaliaria todos ao seu redor.
Qual era a diferença entre ela e aquelas amantes?
Eles estavam separados há algum tempo. Será que Elodie não o satisfazia?
Elodie?
Ariela acordou abruptamente, lembrando-se de que ele havia saído com aquela mulher no carro.
Então, eles tinham...
"Bam!"
Um tapa ressoou no rosto de Vitorino.
Ariela mal conseguia se lembrar de quantas vezes já havia feito isso.
O rosto de Vitorino ardia, mas seu temperamento finalmente controlou seu desejo incontrolável.
Ele segurou os pulsos dela, e em seus olhos escuros havia uma densa melancolia.
"Você dormiu com ele, então não me deixa tocar em você?"
Ariela estava furiosa.
"Vitorino, não pense que todo mundo é tão baixo quanto você."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...