Amor ou Dor? Devo persistir? romance Capítulo 161

Elodie observava Vitorino com um brilho inegável de alegria nos olhos, uma alegria que ela não conseguia esconder.

Vitorino parecia mais estar conversando consigo mesmo.

Elodie estava prestes a confortá-lo, mas ele já estava de pé.

Observando a figura de Vitorino se afastando, Elodie até conseguiu decifrar uma sensação de solidão em sua postura.

"Vitorino, você pode vir até mim a qualquer momento, eu prometo te amar mais do que Ariela."

Ela murmurou isso enquanto o via partir.

Ariela estava prestes a se afastar definitivamente, e Elodie sentia que toda a espera tinha valido a pena.

O salto para essa decisão não foi em vão; trocar um corpo todo quebrado pela saída de uma rival era um preço que ela estava disposta a pagar — e ela se sentia vitoriosa por isso, mesmo estando no hospital.

Vitorino, por outro lado, parecia ter perdido a alma ao sair...

Ao deixar o local de Elodie, ele precisava passar pelo quarto de Ariela.

Hesitou por um momento, mas finalmente seguiu seu caminho sem olhar para trás.

Desde que Vitorino concordou com o divórcio, ele não apareceu mais.

Tina fazia visitas diárias a Ariela, aproveitando cada oportunidade para repreender Vitorino.

Ariela, contudo, já tinha encontrado sua paz.

"Ariela, o que você planeja fazer agora?"

Ariela olhou ao redor, visivelmente perdida.

Planos?

Ela nem sabia se ainda tinha um futuro.

Uma semana depois, Ariela recebeu alta.

Tina chegou bem cedo para buscá-la.

Ao lado da cama de Ariela, havia um buquê de lírios frescos que perfumava o ar com sua fragrância delicada.

"Quem mandou isso? Ouvi dizer que Nestor ainda está interessado em você. Ele realmente está se esforçando, né?"

Ariela estava ocupada arrumando suas coisas.

Ela quase tinha se esquecido de Nestor.

Levou quase dez minutos para digitar essas poucas linhas, dependendo apenas de sua mão esquerda, já que a direita ainda estava machucada.

Vitorino estava dirigindo quando recebeu a mensagem. Ele parou no semáforo para ler e ficou imóvel mesmo quando o sinal abriu, causando uma fila de carros atrás dele, que começaram a buzinar incessantemente.

Após ler a mensagem, Vitorino jogou o celular no banco do passageiro e seguiu dirigindo com as mãos tremendo levemente.

Ariela foi com Tina para o apartamento dela.

Ao entrar, Ariela se assustou com a bagunça que parecia ter sido deixada por um assalto.

"Desculpe, você sabe que não sou boa com arrumações, e a empregada tirou alguns dias de folga."

Ela pegou um par de cuecas do sofá e jogou em uma cadeira de balanço, junto com embalagens de lanches espalhadas, maçãs pela metade, e um caos generalizado.

"..."

"Vou precisar sair por um tempo, o controle remoto está... em algum lugar. Se ficar entediada, pode procurá-lo para assistir à TV. Eu pedi comida, logo deve chegar."

Tina chutou um banco que bloqueava o caminho, foi até o quarto trocar de roupa, e saiu às pressas, deixando Ariela sozinha no meio da desordem.

Perante as câmeras, Tina era a imagem da perfeição, sem um único defeito em sua aparência meticulosamente cuidada.

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