Ariela respirou fundo, surpresa.
"Não aqui..."
Caso um garçom ou alguém entrasse, ela ficaria mortificada.
Vitorino mordiscava gentilmente seu lábio; a pele dela era macia e suave, irresistível ao toque.
"A porta está trancada, ninguém vai entrar."
Ele se tornava mais ousado, já havia deslizado seu traje para a cintura, demonstrando grande habilidade.
Ariela descansava sua cabeça no ombro dele, a pele brilhando sob a luz.
Vitorino agia com cada vez mais audácia, e embora Ariela soubesse que aqui não era certo lugar, não conseguia resistir.
Ela relaxou, rendendo-se.
Justo quando estavam prestes a ir mais longe, o celular de Vitorino tocou.
Ele continuou a beijá-la enquanto desligava o telefone.
Após alguns segundos, o celular insistia freneticamente.
"Atenda... deve ser importante..."
A intimidade acalorada foi interrompida, e Ariela rapidamente se recompôs.
Ela lançou um olhar casual para o celular de Vitorino.
O nome "Elodie" brilhava claramente na tela.
"Vou lá fora e já volto."
Ele não deu explicações, apenas saiu do camarote.
O coração de Ariela afundou.
Ele havia passado a noite anterior na casa daquela mulher, sempre assegurando que não havia nada entre eles.
Mas por que ele era tão apressado em atender a ligação dela?
Ariela ficou sentada no camarote, perdida em pensamentos.
Vitorino pediu para que ela esperasse, o bife que ele mal havia tocado esfriou à sua frente.
Ele havia organizado um jantar romântico com música ao vivo no restaurante mais luxuoso da Cidade de Oceano, incluindo um violinista e inúmeros presentes de joias.
Ele cuidadosamente cortou o bife para ela e compartilharam um vinho tinto.
Embora não tivesse lembranças do passado, ela sabia que o amava.
Ariela esperou até escurecer e ainda não conseguiu falar com Vitorino.
O gerente, percebendo que estavam perto de fechar, teve que se dirigir a ela.
"Senhora Machado, estamos fechando, a senhora poderia..."
Ariela parecia desolada.
"Eu já estou de saída."
Ela não sabia como voltar para casa, pois tinha vindo com Vitorino.
Ao sair do restaurante, chovia torrencialmente.
As luzes atrás dela gradualmente se apagavam.
Ela ficava parada na rua, a chuva forte encharcando-a, os cabelos colados ao rosto, a água escorrendo pelos fios direto para o chão.
"Moça, precisa de carona?"
Ariela nem sabia para onde ir, olhava para o motorista sem conseguir dizer uma palavra.
"Está sem dinheiro? Não tem problema, eu não cobro. Entre, eu te levo."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...