Acontece Que Ele Sempre Me Amou romance Capítulo 46

"Hum."

Vinicius inclinou a cabeça para olhá-la, "Ouviu falar sobre isso."

Claramente, ele veio preparado.

O tabuleiro de xadrez de mármore branco que Vinicius deu.

O Velho Sr. Rocha gostou bastante.

O manuscrito de medicina que foi presenteado.

O Velho Sr. Rocha colocou seus óculos para ler e não conseguia largar.

As duas grandes caixas de ervas medicinais.

O Velho Sr. Rocha as segurou com ambas as mãos, com um olhar fascinado.

E ainda assim, ele conseguiu se despedir deles acenando, "Aline, não disse que estava com pressa? Melhor voltar para a universidade. Pode fechar a porta ao sair, por favor?"

Aline manteve-se em silêncio.

Fora da casa do vovô.

Vinicius falou baixinho, "Preocupada que eu fosse expulso?"

Aline respondeu entre dentes, "Claro que não!"

Suas orelhas estavam vermelhas.

Vinicius a deixou em paz, olhando para Pedro, "Há algumas caixas empacotadas na sala de estar, pertences que ela não quer mais, peça para que os levem dali e os organizem."

Pedro percebeu a importância nas palavras dele, sorriu e perguntou, "Jovem senhor, para onde devemos levar essas coisas?"

"Para a minha sala de estar."

"O apartamento onde você mora em Brasília, ou o de Salvador?"

"Salvador."

??

Desde quando Vinicius tinha uma residência em Salvador?

Aline lembrava que, em sua vida passada, Vinicius tinha propriedades por todo o lado, mas não em Salvador.

Além disso.

A maneira como ele lidava com isso era levando os "pertences indesejados" dela para o lugar dele? Para que levar isso para lá? Por que não simplesmente descartar como lixo?

Aline queria perguntar, mas mordeu o lábio e ficou quieta.

No carro a caminho da Universidade Médica de Salvador, ela ainda se sentia anestesiada.

Ela insistiu em descer a uma quadra de distância.

"Não fuja, ok?"

Ele a abraçou, nem muito apertado nem muito solto.

Parecia que, de repente, o mundo ao redor se silenciava, as árvores da rua e o vento que passava observavam calmamente enquanto o jovem alto abraçava a garota doce.

Ele não a abraçou por muito tempo, logo a soltou.

Aline estava atordoada, sem tempo para reagir.

Só sentiu o aroma fresco e agradável dele invadindo tudo ao redor, envolvendo-a antes de se afastar.

Ele soltou seus braços, mas não soltou sua mão.

Ele era forte, não lhe dando chance de se afastar.

Aline queria ir, mas não conseguia, e no silêncio, ela teve que olhar para ele.

Vinicius baixou o olhar, encontrando o dela, seus olhos escuros brilhando com uma clareza fria, enquanto os dela desviavam, sem brilho. Ele a olhava intensamente, mexendo levemente os lábios.

"Aline, quem trair a sua sinceridade sofrerá retribuição, e eu não quero sofrer retribuição."

O que... que retribuição?

Ela é quem está recebendo a retribuição!

Ela não resiste a um Vinicius tão lindo! !

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