Sylvia acordou às dez da noite, despertada pela fome.
Desde a tarde, o efeito do álcool tinha passado, e ela abriu os olhos, confusa e com uma sede insuportável.
Estava sozinha no quarto, levantou-se e saiu da cama.
Mal tinha dado dois passos quando ouviu a voz de Jeferson falando ao telefone na varanda.
"Acabe com isso."
Sua voz estava baixa, mas Sylvia ainda podia perceber o tom frio e perigoso.
Acabar com o quê?
Ela sempre soube dos perigos associados à Família Resende, e Jeferson era o herdeiro da família Simões.
Aquela herança de sangue e todas aquelas coisas.
Enquanto pensava, a porta de vidro se abriu e Jeferson entrou, sob a luz fraca, seus olhares se encontraram.
Em um instante, o perigo nos olhos de Jeferson desapareceu, deixando apenas a ternura reservada para Sylvia.
Era como se o santo e o demônio trocassem de lugar naquele momento.
Até mesmo sua aura mudou, tornando-se mais suave. Jeferson se aproximou e acariciou seu rosto: "Acordou?"
Sua testa já não estava quente.
E sua voz, definitivamente, estava muito mais suave do que antes.
Sylvia ainda estava meio atordoada e instintivamente abraçou a cintura esbelta de Jeferson.
"Jeferson."
"Hm?"
"Estou com sede e fome," murmurou Sylvia.
O álcool já a deixava desconfortável, e ela não tinha comido nada desde a tarde.
Ela realmente estava com sede e fome agora.
Jeferson bagunçou o cabelo dela, "Vamos comer."
"Quero comer feijoada, couve refogada e pato no tucupi."
Jeferson sorriu: "Claro."
Ele tinha boa memória, conseguia lembrar o que queria comer mesmo depois de dormir.
Jeferson consentiu com tudo, acendeu as luzes completamente e buscou uma roupa mais grossa para ela vestir.
Sylvia obedientemente fechou o zíper, e Jeferson disse: "Amanhã vai nevar por aqui."
"Sério? Vou ficar tão feliz."
Sylvia: "Eu... disse algo errado?"
Disse algo errado?
Assim que fez a pergunta, Sylvia se arrependeu, "Vamos, vamos comer."
Sem esperar pela resposta de Jeferson, ela o puxou pelo braço em direção à saída.
Ou melhor, sem coragem de ouvir a resposta dele.
Jeferson olhou para o topo de sua cabeça, sentindo a tristeza em sua aura.
Naquele momento, os olhos de Sylvia começaram a encher de lágrimas.
Jeferson sorriu sem jeito e levantou seu queixo delicadamente.
As lágrimas de Sylvia foram pegas de surpresa.
Encontrando seus olhos úmidos, Jeferson sentiu um aperto no coração: "Por que está se sentindo assim?"
Sylvia: "Não estou!"
Ela não ousava dizer!
Mas ela não conseguiu se conter, e assim que abriu a boca, sua voz já estava carregada de um som nasal.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Abaixar a Cabeça? Impossível!
Gente cadê as atualizações desse livro, parou de vez, se sim, dêem fim nele no aplicativo para que mais pessoas não caiam na armadilha de começar a ler 😡...
Por favor postem mais capitulos atè o final estou amando!!...
Quando terà outros capitulos?? Por que demora tanto?? Por favor postem logo atè o final!!...
Esse livro parou?...
Gente!! tem mais capitulos? adorando essa leitura. Nunca ri tanto com essas confusoes. Ansiosa pra ver como termina. Obrigada...