Abaixar a Cabeça? Impossível! romance Capítulo 231

Um "por quê" ecoou suavemente pela escada.

Sylvia esfregou o peito dele novamente: "Porque eu gosto de você, eu gosto, eu gosto..."

Essas palavras afetuosas ecoaram nos ouvidos de Jeferson.

Como um trovão que ressoa entre montanhas e rios, aquilo fez suas pupilas se contraírem mais uma vez.

"Você gosta de que forma? Como irmão ou…?"

Com essa voz magnética, mesmo uma pessoa sóbria dificilmente poderia discernir suas emoções.

Muito menos Sylvia.

Mas, dessa vez, Jeferson não ouviu sua resposta por vários segundos.

Sem receber uma resposta, Jeferson abaixou a cabeça e viu Sylvia com a boca ligeiramente aberta, respirando calmamente.

Suas mãos brancas, que antes agarravam suas roupas com força, agora relaxavam lentamente.

Ela havia adormecido!

Ao ver o rosto corado dela, Jeferson sorriu sem jeito.

Ele a carregou escada acima até o quarto e, enquanto a colocava na cama, Sylvia acordou.

No entanto, seus olhos ainda estavam nublados, sem qualquer traço de lucidez: "Jeferson."

"O quê?"

"Eu quero um abraço."

Havia uma ponta de ressentimento na voz sussurrada: "Quero um abraço para sempre."

"Claro, vou te dar um abraço."

Diante dos olhos suplicantes dela, Jeferson não conseguiu recusar. Ele se sentou na beirada da cama e a envolveu delicadamente em seus braços.

Com medo de que ela pegasse um resfriado depois de beber, ele rapidamente a cobriu com um cobertor.

Um beijo suave pousou na testa de Sylvia: "Boa menina, durma."

Naquele momento, eles pareciam ter voltado à infância.

Quando criança, Sylvia era muito dependente de Jeferson, exigindo que ele a colocasse para dormir todas as noites.

Se Jeferson estivesse na escola, ela estaria à sua espera.

Por isso, durante o ensino fundamental, o ensino médio e até a universidade, Jeferson sempre era levado para casa pelo motorista da família.

A escola ficava um pouco distante, e a Sra. Simões, sempre preocupada com ele, desejava que ele tivesse uma casa mais próxima ao colégio.

No final, Jeferson levou Sylvia com ele, contratando uma babá para cuidar dela na casa em frente à escola.

Até que Sylvia também precisou ir para a escola, e então eles voltaram a morar juntos em casa.

Olhando para seus lábios vermelhos.

Do outro lado da linha, estava Ricardo.

Ele havia tentado ligar para Sylvia várias vezes, mas sem sucesso. Jeferson, afinal, era o herdeiro da família Simões.

Portanto, a parceria com a Família Borges havia fracassado. Dizer que Sylvia não havia interferido seria inacreditável.

Essa Sylvia era realmente capaz!

Ao ouvir o som da chamada sendo desconectada, ele ligou novamente, furioso.

Dessa vez, algo foi diferente: a chamada não foi bloqueada.

Do outro lado da linha, alguém atendeu. Ricardo não perdeu tempo: "Sylvia, só quero que você me diga, qual é exatamente o seu relacionamento com o Jeferson?"

Sem esperar por uma resposta, foi direto ao ponto.

Seu tom carregava uma irritação desenfreada.

"O que você acha que somos?"

A voz grave do homem soou, era a de Jeferson.

Ricardo agarrou seu celular com mais força, contendo a raiva em seu peito sem ousar explodir!

Ricardo nunca havia sentido tamanha frustração em sua vida.

Não era de se admirar que Sylvia tenha tido a coragem de romper o noivado de forma tão assertiva, afinal... ela tinha o apoio da família Simões.

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