A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 462

Jerônimo Leme apressou-se em verificar as lesões de Flávia Almeida, perguntando-lhe como ela estava.

Flávia Almeida sentou-se, pálida, sorriu levemente e disse de maneira despreocupada: "Não é nada, Diretor Jerônimo. Nádia não fez de propósito, ela só estava muito envolvida na cena. A culpa foi minha por não desviar rápido o suficiente. Eu deveria ter me posicionado melhor para acertarmos na primeira tentativa. Agora, todos terão que refazer a cena por minha causa."

Nádia Morais torceu a expressão ao ouvir isso: "Claramente foi você quem caiu, o que eu tenho a ver com isso? Eu tenho punhos de ferro, por acaso, para te bater até vomitar sangue?"

Ao ouvir isso, Jerônimo Leme ficou com uma expressão sombria: "A cena do tapa realmente exige a cooperação entre dois atores. Quantos anos você tem de carreira para ainda não conseguir controlar sua força? E aquela sua expressão, parecia que estava defendendo uma amiga, mas seu olhar! Quem não sabe pensaria que Vera desrespeitou seus ancestrais!"

Nádia Morais ficou vermelha de raiva.

Jerônimo Leme olhou para Flávia Almeida, tentando acalmá-la: "Descanse um pouco, logo o médico chegará para examiná-la."

Flávia Almeida balançou a cabeça: "Está tudo bem, só mordi minha língua. Um enxague bucal resolve."

Nádia Morais, tendo uma ideia, subitamente se levantou e disse: "Você não se machucou, não é? Está tentando me incriminar, não está?"

Flávia Almeida franziu as sobrancelhas: "Nádia, vamos deixar por isso mesmo, não atrase o andamento das gravações."

Nádia Morais deu uma risada irônica: "Ah, eu sabia! Está se sentindo culpada, não é? Diretor Jerônimo, deixe o médico vir, aposto que não há nenhum ferimento em sua boca!"

Jerônimo Leme manteve uma expressão severa e fria, enquanto as outras pessoas exibiam uma variedade de expressões.

Antônia Carvalho, vendo a situação, sugeriu: "Diretor Jerônimo, melhor chamar o médico para dar uma olhada. Se for algo sério e não tratarmos a tempo, vai afetar ainda mais o cronograma das filmagens, não acha?"

Flávia Almeida lançou um olhar para ela, sua expressão era indecifrável.

Antes que Jerônimo Leme pudesse responder, Narciso Goulart manifestou sua impaciência: "Já estamos presos nessa primeira cena há tanto tempo. Conseguiremos terminar em dois meses? A cena do vômito de sangue foi clara na filmagem, para que investigar mais? A vítima nem se pronunciou, e a agressora se faz de vítima. O que mais, planejam seguir procedimentos legais para compensação após um diagnóstico de ferimento? Podemos acabar com isso?"

Antônia Carvalho mordeu seu lábio: "Esclarecer os fatos é para revelar a verdade."

Narciso Goulart zombou: "Se vocês fossem tão meticulosos na atuação quanto são agora, talvez tivessem ganhado algum prêmio depois de tantos anos."

Antônia Carvalho ficou sem palavras.

Narciso Goulart, que costumava ser reservado, mirou precisamente onde mais doía ao falar.

Nádia Morais, frustrada, disse: "O que há de errado em deixar o médico dar uma olhada? Só quem tem culpa teme."

Antes que ela pudesse terminar, Jerônimo Leme, já farto, levantou-se e disse: "Calem-se todos. Quem puder gravar, grave; quem não puder, que vá embora!"

Com essas palavras, ele silenciou Nádia Morais, que ficou alternando entre tons de vermelho e branco no rosto, antes de finalmente jogar sua roupa e sair.

Isabela rapidamente trouxe água para Flávia Almeida enxaguar a boca.

Aproveitando que todos tinham se dispersado, Isabela disse: "Você me assustou agora, arriscou demais."

Ela inicialmente não havia percebido que Flávia Almeida havia pegado um saquinho de sangue falso. Só viu Flávia passando ao lado do departamento de adereços, sem captar seu movimento.

Só quando Flávia Almeida "vomitou sangue" é que ela percebeu o que estava acontecendo.

Flávia Almeida cuspiu e disse com uma voz grave: "Preciso deixá-la saber que não sou fácil de mexer, senão ela vai continuar a me procurar."

Isabela suspirou: "Ainda bem que o médico não veio, senão ele teria percebido na hora."

Flávia Almeida sorriu: "Mesmo que o médico tivesse vindo, não teria problema."

Nicole observava discretamente a expressão dos dois e enviou uma mensagem de texto.

Marcos Rocha girava na cadeira do escritório, sentindo falta da comida que Flávia Almeida preparava. Precisava encontrar uma maneira de conseguir uma refeição.

Enquanto pensava, seu celular vibrou. Ao ler a mensagem, seu ânimo mudou completamente, e ele, cheio de fofocas, enviou a mensagem editada para Marcelo Lopes.

Marcelo Lopes, que acabara de terminar um trabalho, viu a mensagem: "Sua esposa vai gravar uma cena de cama com Narciso Goulart hoje. Que tal irmos fazer uma visita?"

Marcelo Lopes...

Para gravar a cena no banheiro, o diretor liberou o set, e Flávia Almeida entrou vestindo um short e um top tomara-que-caia.

A cena do banho foi feita de uma vez, e depois do banho, Vera, vestindo um pijama e secando o cabelo, vê um prendedor de cabelo amarelo claro na pia.

Ela pega o prendedor, desliga o secador e chama através da porta do banheiro: "Miguel, por que tem um prendedor de cabelo aqui no seu banheiro?"

"Que prendedor de cabelo?"

A voz de Miguel Luz veio de fora.

"Você está perguntando sobre as coisas no banheiro para mim?" Vera falava enquanto secava o cabelo: "Você está me traindo, marcando encontros com outras garotas e alugando um apartamento por fora?"

Não houve resposta do lado de fora.

Vera falou mais alto: "Por que não responde? Está se sentindo culpado, não é? Eu te digo, se você ousar me trair, eu vou—ah—"

Ela não conseguiu terminar a frase, subitamente foi erguida do chão por um par de mãos que apareceram atrás dela.

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