Ponto de vista de Benjamin:
“Prepare um remédio para ferimentos externos. Faça uma quantidade maior e entregue em minha casa.”
Achando que eu estava machucado, Tyrone perguntou, visivelmente preocupado, “Alfa, o ferimento é grave? Você é um Alfa, não consegue se curar sozinho? Precisa mesmo de medicação? Lutou contra uma bruxa ou algo assim?”
Foi a primeira vez que achei Tyrone um pouco exagerado e até incômodo, mas mesmo assim respondi, “Estou bem. Quem está ferido é um Ômega. Apenas prepare tudo e envie o mais rápido possível.”
Desliguei e finalmente saí do carro.
...
Ponto de vista de Hayley:
Voltei para o quarto, tranquei a porta e fui direto até o kit de primeiros socorros.
Peguei alguns analgésicos e os engoli rapidamente, esperando que aliviassem a dor, mesmo que um pouco.
Não entendia por que, mas aquele ferimento de bala parecia mais difícil de cicatrizar e muito mais doloroso do que o habitual. Estava ficando insuportável.
Hera disse que era por ter acontecido no mundo subterrâneo, mas algo dentro de mim insistia que havia mais por trás disso...
Não fazia ideia de quanto tempo havia se passado quando ouvi uma batida inesperada na porta, fazendo meus olhos se abrirem num sobressalto.
O entusiasmo de Hera ao reagir entregou quem era, mas mesmo assim, fingi não saber.
“Quem está aí?” perguntei.
“Sou eu!”
Duas palavras simples, mas em um tom que me era familiar.
Levantei-me depressa e dei uma olhada no espelho. Como nada parecia fora do lugar, abri a porta. “Aconteceu alguma coisa?”
Benjamin estava ali, parado à minha frente com uma sacola grande nas mãos. Ele não disse nada, apenas entrou no quarto sem pedir permissão.
Um nervosismo tomou conta de mim, mas antes que eu pudesse falar, ele perguntou: “Seu braço está ferido?”
Fiquei surpresa. Como ele sabia?
Sem esperar resposta, ele continuou, “Trouxe suprimentos para tratar ferimentos externos, além de duas caixas de analgésicos. Eles funcionam bem.”
“Como... como você descobriu?”
Benjamin falou com tranquilidade. “Vi manchas de sangue na cama. O machucado parece sério. Deixe-me ajudar a tratar.”
Hera, sempre entusiasmada, ainda sugeriu que eu acasalasse com ele ali mesmo. Ignorei sua sugestão absurda.
“Você não confia em mim?” A voz de Benjamin saiu suave, quase triste.
“Como sua noiva, ser a última a saber do seu ferimento... isso me machuca.”
Mordi o lábio e sussurrei, “Desculpa—”
Mas ele me interrompeu. “Você não precisa se desculpar. A culpa é minha, por não ter feito o suficiente para conquistar totalmente sua confiança.
Mas me prometa que, a partir de agora, não vai mais esconder nada de mim.”
Levantei os olhos e encontrei os dele, tão intensos quanto sinceros.
Naquele instante, sua voz tocou algo dentro de mim e me deixou sem reação.
Eu tinha meus segredos, e não sabia como compartilhá-los com ele.
“Benjamin, eu—”
Antes que pudesse terminar a frase, seus lábios tocaram os meus com suavidade e calor.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Promessa da Alfa Feminina
Porque os capítulos do 220 em diante estão bloqueados?...
Olha o livro é bom, mas está se tornando chato, ela não fala verdade pra ele, que amor é esse? Esconde as coisas mais importantes da vida dela, acho que se o Benjamim largar dela, merece, porque amor de verdade, é baseado em confiança e sem segredos. Ele é alfa tbm, sabe se defender, então acho que nessa parte a autora está muito errada, pelo menos pra ele o noivo, ela devia ser honesta, se não melhor ela viver sozinha, porque isso que ela sente não é amor, porque ela não confia nele. Por isso o livro está se tornando chato demais, muitas mentiras em um relacionamento...
Cadê o restante dos capítulos??...