Quando ela saiu do banheiro, os ressentimentos na sua cara tinham se transformado em sorrisos.
Benedito também acordou e rolou para olhar para ela, com olhar sóbrio, parecendo uma pessoa distinta.
- Você já acordou? - Ela sorriu delicadamente, e depois se sentou no sofá ao lado da cama embrulhada em sua toalha. - Então, podemos agora falar de assuntos importantes?
- O quê? - Voltando-se para enfrentá-la, Benedito apoiou sua cabeça em mão e perguntou calmamente.
- A competição de degustação começa hoje. O que você pretende fazer? - Dobrando suas pernas, e olhando para ele ao acaso, Vitória estava esperando pela resposta dele.
- O quê?
Vendo que ele estava confuso, Vitória inclinou seu corpo para frente e disse:
- Eu quero conseguir o primeiro lugar na competição de degustação.
Somente quando ela era o campeão, receberia o reconhecimento do Sr. Veer foi a única maneira para ela adquirir grande nome na indústria internacional da perfumaria. Por isso, era uma oportunidade imperdível e tinha que aproveitar.
Os olhos de Benedito brilhavam de espanto, como se ele estivesse olhando para um monstro.
Depois de olhar para ela por alguns momentos, ele estourava rindo.
- Vitória, está quase amanhecendo, e para de sonhar! Onde você acha que está? Estamos na França. Você acha que ainda estamos na Cidade de Estela? Acha que basta eu dar uma mãozinha e você vai ganhar o primeiro lugar? Aqui, você não é ninguém!
Ele disse com palavras duras, tentando deixá-la envergonhada.
Tendo previsto o que iria dizer, Vitória não se zangou. Em vez disso, ela zombou:
- Sim, estamos na França. Aqui não sou ninguém. E você? E o que é você?
Benedito ficou irritado e se levantou de imediato da cama.
- O que você quer dizer?
- Nada, apenas ouvi acidentalmente umas coisas - zombou ela. - Benedito, pensei que você foi um homem importante, mas você também não é ninguém como eu. Sim, eu roubei as obras de Luana e levei o mérito dela, mas você não fez melhor do que eu. Seus prêmios e trabalhos são todos acusados de plágio e são "emprestados" das ideias de outras pessoas. No final, somos mesmo tipo de pessoas!
- Está falando bobagens! - Benedito ficou envergonhado quando se levantou e vestiu suas calças, dizendo ao apertar o cinto, - Está avisada, há palavras que você não pode dizer. Se você me irritar, vai pagar o preço!
- Sabe muito bem se estou falando bobagens ou não. Na verdade, você só pode enganar aqueles ignorantes como eu em São Pedro, mas no exterior, você já perdeu a reputação. Ontem, no banquete, já me senti estranha. Com sua fama e status de prestígio, por que ninguém se apresentou para cumprimentar você e os organizadores não prestaram atenção a você? A verdade é que...
Se ela não tivesse pedido deliberadamente a alguém para investigar ontem, ela não teria sabido que este homem, que parecia bem-sucedido, era um gabarola.
Pensava antes que ele era um mestre incrível na indústria da perfumaria, mas afinal ele era um plagiário frequente no exterior que já tinha sido acusado e denunciado várias vezes. As notícias não se espalharam no país, porque o círculo de perfumistas não era muito grande e ele poderia ter usado relações sociais para suprimir as notícias por enquanto.
- O que posso obter em troca?
- O benefício é que após a competição, eu posso entregar Luana para você e pode fazer o que quiser! - Ela sorriu com confiança.
Benedito riu, mas com um riso sarcástico. - Sério? Você não poderia fazer nada em São Pedro. O que pode fazer aqui? Por que acha que vou acreditar em você?
- Posso investigar você, então não é uma surpresa que consigo satisfazer seu desejo - disse ela. - Não foi fácil para eu fazer isso em São Pedro porque não quero me meter em problemas e ser suspeitada, mas aqui, quem vai me suspeitar?
- Você subornou alguém? - Pensando por um momento, Benedito percebeu de imediato.
Vitória não respondeu, apenas dizendo:
- Não precisa saber o que vou fazer. Vamos alcançar nosso propósito. Quero fama e glória e você deseja vingança.
- Não sou estúpido! Você não precisa fazer nada ao cumprir o plano, e se ela descobrir o plano e quiser me processar, o que devo fazer? Após uma pausa, ele continuou, - Mesmo que ela não me processe, ela tem a capacidade de me fazer sofrer muito.
Ele não estava disposto a arriscar sua vida para um prazer momentâneo. E sem mencionar que, mesmo que fosse notório, nunca tinha pensado em sair deste domínio. Se ele causasse tal escândalo, seria impossível ele continuar ficar nesta carreira.
Dando uma olhada para ele, Vitória parecia muito desdenhosa:
- Por que fica estúpido neste momento? Se ela não obedecer, pode fazer ela obedecer!
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