Whisky Chocolate romance Capítulo 166

Regis estava no meio de um atendimento a um cliente, com o ambiente ao redor agitado, mas fez uma pausa, dizendo: "Só um momento, por favor" - Logo após, saiu do escritório particular e questionou o Professor Osíris: "O senhor mencionou que a Amanda evitou que a Raquel bebesse água intencionalmente?"

Osíris confirmou com um aceno de cabeça: "Exato."

Regis franzindo o cenho, expressou sua incredulidade: "Não parece possível, a Amanda sempre foi tão cuidadosa com ela, será que não foi um gesto de cuidado?"

Osíris deu um suspiro pesado: "Como pai da Raquel, optei por contatar o senhor, e não a mãe dela, acreditando numa abordagem mais sensata da sua parte."

Ele prosseguiu, enfático: "A Raquel tem sido minha aluna por dois anos e meio, e posso afirmar o quão íntegra ela é. Apesar da aparência rebelde, cabelos coloridos e algumas faltas, ela nunca agiu errado. Será que ela é realmente a problemática que imaginam?"

Regis ficou perplexo com a revelação.

Osíris acrescentou: "Entre as duas irmãs, gêmeas, Raquel sempre mostrou resistência à Amanda. E aquela acusação de roubo feita pela Amanda contra a Raquel foi pura invenção. Ela é de fato o modelo de virtude que pensam?"

Regis, por impulso, argumentou: "Amanda justificou que Raquel estava pressionando demais, daí a ideia de mudar de escola, para não mais estudarem juntas."

Rapidamente, Osíris rebateu: "Pressionando de que maneira? Pelo que sei, Raquel só se aproximava de Amanda quando provocada."

Com serenidade, Osíris continuou: "Raquel é uma jovem admirável, que prefere se prejudicar a ver seus queridos em sofrimento. Hoje, ao ver Amanda oferecer água à Raquel, percebi uma intenção maliciosa em seu olhar. É importante que observem mais de perto o bem-estar mental da Amanda."

-

Num boteco local.

Rita saboreava seu macarrão e lançou um olhar a Vicente, indagando após um breve momento: "Não vai comer? Por que me olha desse jeito?"

Vicente, sorvendo seu suco, respondeu com calma: "A presença é o melhor ingrediente."

Silêncio.

Rita continuou sua refeição em silêncio, esboçando um sorriso diante do esforço romântico dele.

A simplicidade da rotina compartilhada: um comia enquanto o outro apenas observava, às vezes se juntando na refeição, mas sempre em um ambiente agradável e acolhedor.

Do outro lado.

Raquel estava pasma com a figura mascarada à sua frente.

Mesmo com a face quase toda coberta, revelando apenas os olhos, ela não conseguia desviar o olhar, como se temesse perder algo importante.

Ela, com seu prato de macarrão em mãos, sentou-se ansiosa diante de Emerson e o saudou: "Irmão, o que faz aqui?"

Emerson, anteriormente referido como "marido", mostrou-se ligeiramente surpreso, e então um sorriso se formou em seus olhos visíveis.

Ele se afastou um pouco, retirou a máscara revelando um semblante fascinante, e só então falou pausadamente: "Soube que você estava enfrentando dificuldades, vim ver como está."

O coração de Raquel se encheu de emoção, quase às lágrimas.

Parecia que uma ternura tocava sua alma, trazendo um sorriso grato: "Muito obrigada."

Emerson, com delicadeza, tocou as lágrimas dela com seu dedo, questionando: "Agradecer? Eu enviei mensagens, por que não respondeu?"

Raquel teve seu celular confiscado na semana em que foi à escola.

Ao recuperá-lo e ler as mensagens preocupadas de Emerson, ficou sem saber o que dizer. Agora, diante dele e de Rita, sentia que, com essas duas pessoas ao seu lado, não havia dificuldades que não pudesse superar.

Depois de falar, ela ficou um pouco envergonhada e explicou: "Essa refeição é por minha conta, não vamos desperdiçar dinheiro!"

"Ha ha!" - Emerson riu com as travessuras dela, sem saber que seu sorriso também havia curado Raquel.

Ouvindo a risada ao lado, Vicente suspirou profundamente ao ver Raquel tão solícita com Emerson, enquanto olhava para Rita, que continuava a comer seu macarrão. Quando será que Pequena iria tratá-lo com a mesma atenção que Raquel dava a Emerson? Era um tema verdadeiramente melancólico.

Depois de terminarem o macarrão, eles deixaram o lugar.

Na porta da escola, Raquel se despediu com tristeza: "Irmão, você já vai?"

Emerson assentiu e acariciou sua cabeça: "Sim, a equipe de produção ainda está me esperando, eu só tirei um dia de folga."

Raquel suspirou. Mas Emerson ainda disse: "Não esqueça de responder minha mensagem no WhatsApp."

"Claro."

Vendo-os, Vicente também se dirigiu a Rita: "Eu também vou."

Pequena respondeu sem emoção: "Está bem, tchau" - E então virou as costas e caminhou em direção à escola sem hesitar.

Vicente ficou olhando para Raquel, que olhava para trás a cada passo, e para aquela silhueta que se afastava sem olhar para trás, com um profundo sentimento de ressentimento.

Logo chegou a hora da saída. Amanda assistiu com olhos abertos enquanto Raquel e Rita entravam no carro da Família Serra, seu olhar escureceu, e por último, entrou no carro da Família Leme, que veio buscá-la, e foi para casa.

Quando chegou em casa, para sua surpresa, não só Vanessa estava lá, mas até Regis, que sempre estava ocupado com o trabalho, também estava presente. E a atmosfera estava um pouco tensa.

Ela hesitou um momento, cumprimentou os dois e estava prestes a subir para o andar de cima quando Regis a chamou: "Amanda, espera um pouco, precisamos conversar com você."

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