Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 53

Ophelia franziu a testa.

Eles realmente não tinham filtro para conversar.

Tarsila Fagundes, que estava ouvindo furtivamente ao lado enquanto aguardava o sinal vermelho, não conseguiu mais se conter. Ela tomou o telefone da mão de Ophelia e fingiu uma voz afetada.

"Ah, então é a Sra. Kristina! Por que não me avisou que tinha voltado?"

Kristina claramente confusa: "Quem é…?"

"Sou eu, Tarsila."

Tarsila Fagundes não se importava se Kristina mal lembrava dela ou se sequer tinha alguma lembrança.

"Faz tanto tempo que não nos vemos, estou morrendo de saudades! Como poderíamos perder sua festa de boas-vindas? Mesmo que chovam facas, a gente daria um jeito de ir! Manda o endereço pra gente, nos vemos à noite, beijinhos!"

E com um clique, ela desligou o telefone.

Ophelia, sem conseguir dizer uma palavra: "…"

"Para onde você vai? Virar a mesa e criar um barraco?"

Desde pequena, Ophelia não gostava de conflitos, sempre evitando-os quando possível, porque ela sabia que era diferente dos demais.

Ela não tinha ninguém para defendê-la.

"Como você fala assim? Somos o tipo de mulher briguenta?" Tarsila Fagundes deu uma olhada no endereço enviado por Kristina no celular e virou o volante.

"Isso aqui não promete nada bom. Se não deixarmos isso sair, vai acabar estragando o estômago da nossa querida intelectual retornada do exterior, não vai?"

"Relaxa, se alguém for virar a mesa, serei eu. Você só precisa ser esperta e encontrar um lugar para se esconder."

Ophelia se sentiu tocada: "Tarsila, você é incrível."

"Imagina," Tarsila Fagundes respondeu com um leve desdém, "Eu só não quero você atrapalhando."

Ophelia, a fraca: "…"

A festa era em uma mansão privada. Quando Ophelia e Tarsila Fagundes chegaram, Vania acabava de sair da cozinha.

Vania era a namorada de Mauro Ovidio, e ele havia conseguido conquistá-lo após anos de paixão unilateral.

Mauro e Gregório eram amigos de infância, por isso Ophelia a conhecia, tendo jantado juntas uma vez.

Não eram exatamente amigas, mas Vania às vezes pedia favores à Ophelia, seja para conseguir uma consulta com um médico cobiçado quando alguém na família estava doente, ou para conseguir um desconto na cirurgia de correção de miopia para sobrinhos e sobrinhas.

Tarsila Fagundes não gostava muito de Vania, dizia que ela era "cafezinho sem sabor", mesmo sendo apenas meio mês mais jovem que Ophelia e sempre a chamando de "irmã".

Vania, com uma bandeja de frutas nas mãos, viu Ophelia e abriu a boca surpresa: "Ophelia?"

Ao ver Tarsila Fagundes, sua expressão piorou ainda mais: "Como você pode estar em todo lugar? O que veio fazer aqui?"

Essas palavras fizeram o ambiente ficar subitamente mais quieto.

Suas palavras, ligadas uma após a outra, soavam como se estivessem sendo dirigidas a Ophélia.

Uma clara falta de boas-vindas e desdém.

Em toda a Cidade Nascente, quem não sabia que o herdeiro da Família Cabral cresceu praticamente como irmão de Gregório? Se ele ousava tratar Ophélia com tal desrespeito, não era porque Gregório não dava valor à sua esposa?

E Nileson nem sequer percebeu o problema.

Ao ver Nileson, Tarsila Fagundes também ficou irritada, primeiro revirou os olhos em 180 graus, e depois, olhando ao redor, perguntou: "Ei? Quem é o idiota falando?"

Nileson era como um pavio curto, pronto para explodir: "Você está xingando quem?"

Tarsila Fagundes, com uma expressão de súbita realização, disse: "Ah, então é você, o idiota!"

"Seu filho da mãe!"

O rosto de Nileson escureceu, as palavras de baixo calão mal saíram de sua boca quando ele foi chutado nas costas.

Gregório recolheu a perna, levantou o olhar frio, com um aviso nos olhos: "Se não sabe se comportar, mantenha a boca fechada."

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