Queren disse: "Eu vim especialmente para te buscar."
Quando eles romperam o noivado, parecia que não se suportavam. Kaela não esperava que ainda mantivessem contato, e agora estava morando com Gilberto.
Queren, embora estivesse satisfeita com Kaela como nora no passado, agora que o casamento foi desfeito e que estava conhecendo outras pessoas, definitivamente não era adequado Kaela morar ali.
"Ah?"
Kaela ficou atônita.
"Não se incomode, tia, é só um resfriado."
"Não precisa ser formal comigo," disse Queren.
A Família Pascoal cuidaria dela, permitindo uma recuperação melhor, e Gilberto não tinha motivo para se opor.
Queren claramente não lhes deu a chance de recusar, dizendo diretamente a Gilberto: "Arrume as coisas de Kaela. Vou levá-la comigo."
As coisas de Kaela foram arrumadas pela tia, e quando Queren viu a tia empurrando a mala para fora do quarto de Gilberto, sua expressão mudou claramente.
Ela não disse nada, mas Kaela quase podia prever o quão embaraçosa seria sua situação, sentindo-se desolada.
Ela lançou um olhar de súplica para Gilberto.
Gilberto não apenas não a salvou, como também colocou pessoalmente sua mala no carro, e o rosto melancólico de Kaela quase se colou ao vidro.
Assim, Kaela foi forçada a morar na Mansão Pascoal.
A vida lá não era tão ruim; a Família Pascoal a tratava bem, sem guardar rancor por ela ter decidido terminar o noivado, cuidando dela em cada detalhe.
Todos os dias havia uma refeição nutritiva, e a avó sempre a chamava para jogar baralho, então não era tão entediante.
Gilberto voltava para a casa ancestral todos os dias depois do trabalho, enquanto a avó sorria com seu iogurte e jogava uma bomba no jogo de cartas, dizendo: "Olha só, meu neto tem vindo visitar todos os dias, está com saudades da vovó, não é?"
Gilberto nunca mentia, mas sempre mudava de assunto: "Trouxe bolo, quer?"
A avó perguntava novamente: "Trouxe especialmente para mim? Se não for para mim, eu não quero."
Gilberto: "…"
Kaela segurava suas cartas, também sem ousar entrar na conversa.
Durante o dia, na frente de Queren ou da avó, Kaela e Gilberto sempre ficavam bem distantes um do outro, sem falar, evitando contato visual.
Era como se fossem estranhos.
O quarto dela ficava no mesmo andar que o de Gilberto, e todas as noites, ele usava o pretexto de trazer leite quente para bater à porta dela.
Quando Kaela abria, ela olhava furtivamente para os lados antes de pegar o copo, querendo voltar para seu quarto.
Mas Gilberto não soltava o copo.
"Não é do seu feitio ser tão tímida."
"Esta é sua casa, como posso agir livremente?" Se estivesse em sua própria casa, Kaela não seria tão cautelosa.
Ela falava baixinho, com medo de ser ouvida pela família dele: "Solta, vai, se seus pais nos virem, vão pensar errado."
Gilberto a olhava de canto: "Pensar o quê?"
"É mais ou menos." Kaela disse, "Não é muito bonita."
"Nós sabemos que o Gilberto valoriza mais o interior." A senhora disse, mostrando-lhe a segunda foto: "Essa é bonita. Estuda dança, dança muito bem."
"E essa? Ela trabalha no banco, devem ter algo em comum."
"Da mesma área, depois só vão conversar sobre trabalho, que chato."
Ela era muito exigente, não achava nenhuma apropriada, até que a senhora tirou a última foto.
"Essa é boa. Essa moça nós vimos crescer, conhecemos bem. É bonita, de bom caráter, educada, além de ser sensata e respeitosa. Com certeza o Gilberto vai gostar."
Kaela não encontrou defeitos, mas isso não a impediu de desaprovar: "Ele definitivamente não gosta desse tipo."
A senhora perguntou: "Então do que ele gosta?"
Kaela não sabia dizer o que Gilberto gostava.
Afinal, entre eles, ela que havia tomado a iniciativa.
"Não sei." Ela tomou um gole do café. "Ele parece tão sério, talvez goste de alguém mais sexy e provocante."
O café de Kaela de repente pareceu difícil de engolir.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....