Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 51

Dona Alessa balbuciava sem conseguir responder, com tantos boatos circulando lá fora, como ela poderia saber quem os havia espalhado?

Gregório Pascoal também não se importava com a resposta dela.

"Já que você vive nesta casa, deveria saber quem é o dono daqui, e não se preocupar com o que as pessoas lá fora dizem."

Dona Alessa apressou-se em dizer: "Ora, mas é claro que é o senhor!"

Gregório sorriu de forma enigmática.

"Se os funcionários da minha empresa fossem tão lentos quanto você, já teriam sido demitidos."

Dona Alessa nem sabia onde errou, segurando a mão direita nervosamente com a esquerda, muito aflita: "O dono daqui não é você..."

Gregório fechou a torneira, pegou um copo e, virando-se, lançou-lhe um olhar indiferente.

"Você foi contratada para cuidar da Ophelia. Dona Alessa, como é que depois de três anos, você ainda não sabe quem é seu chefe?"

Dona Alessa ficou paralisada.

Gregório deixou por isso mesmo e se foi.

Após ser repreendida, Dona Alessa teve um estalo e, no dia seguinte, sua atitude em relação a Ophelia Zamith mudou completamente.

Na manhã seguinte, assim que Ophelia desceu as escadas para alimentar o gato, Dona Alessa correu na frente dela: "Oh, deixe-me fazer isso! Não vá lá, se você ficar coberta de pelos de gato, Sr. Gregório não conseguirá se aproximar de você."

Ophelia: "Seria ainda melhor deixá-lo coçando até ficar louco."

Quando Dona Alessa serviu o café da manhã, era tudo o que Ophelia gostava.

Ao se aproximar da mesa, Dona Alessa correu para puxar a cadeira para ela, Ophelia lançou-lhe um olhar e ela sorriu.

Assim que Ophelia se sentou, ela se apressou em dizer: "Preparei mingau de frutos do mar e bolinhos de arroz doce com recheio de goiabada, tem doce e salgado, qual você quer provar primeiro?"

"O mingau de frutos do mar."

Assim que o mingau foi servido, Ophelia mal havia pegado uma colherada quando Dona Alessa exclamou: "Cuidado, está quente! Quer que eu sopre para você...?"

"..."

Ophelia disse: "Por que você não bebe por mim?"

Dona Alessa recuou um pouco, um tanto magoada: "Só não queria que você se queimasse."

Ophelia sentiu-se confusa com a mudança repentina, mas não deu muita importância.

Ela sempre ofereceu seu coração abertamente às pessoas, por ter recebido pouco amor desde pequena. Mas uma vez traída ou ferida, fechava para sempre a porta para essa pessoa.

Uma vez desleal, nunca mais necessário.

Gregório riu, irritado: "Dona Alessa colocou gelo no seu mingau? Você está tão fria esta manhã."

Ophelia ignorou-o.

Gregório já estava na porta, pegou o casaco do cabideiro e, depois de vesti-lo, se virou novamente: "Hoje tenho um jogo de golfe marcado com um cliente, quer me acompanhar?"

"Não." Ophelia nem levantou a cabeça.

Após Gregório ter partido, Dona Alessa não conseguiu se segurar e comentou: "Não acredito que o Sr. Gregório te ofereceu a oportunidade de ir com ele, como você pôde recusar?"

Ophelia terminou sua refeição, pousou o garfo e limpou a boca com o guardanapo.

"Porque eu simplesmente não quero mais."

Ela não queria mais o privilégio de estar ao seu lado.

Tampouco desejava o título de Sra. Pascoal.

Naquela tarde, enquanto Ophelia lia um livro em casa, Clorinda Serrano ligou, toda ansiosa, perguntando: "Dra. Zamith, por que você não veio hoje?"

Ela não cumpriu com a sua palavra, e depois de saciar sua curiosidade, continuava a procurar Ophelia sem motivo, sempre arrumando desculpas para falar com a Dra. Zamith, deixando todos no departamento de oftalmologia exasperados.

Ophelia respondeu: "Eu não sou uma máquina, também preciso descansar."

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