Gregório deu um beijo na testa de sua filha, que já dormia profundamente: "Vai descansar."
Depois que desapareceram escada acima, ele retirou um cartão, segurando ele entre os dedos, e sugeriu de forma objetiva: "O cartão tem um limite de cem mil dólares por mês, gaste como quiser, encontre um lugar para viver ou morrer."
Daniel respondeu: "Beleza."
Gregório deu o cartão para o Daniel que depois guardou no bolso antes de sair.
Três horas mais tarde, Gregório e Ophélia estavam na sala, ajudando a enérgica Vivi, que acabara de acordar, com um quebra-cabeça, quando o som de um carro ecoou no quintal.
Vários funcionários de lojas apareceram carregando sacolas e pacotes, trazendo uma pilha de coisas para dentro.
Ao ver as visitas, Vivi rapidamente levantou a cabeça e cumprimentou calorosamente com um "oi".
O Daniel entrou com as mãos nos bolsos, já vestindo as roupas novas, ainda de camiseta sem mangas e jeans desarranjado.
Ophélia olhou surpresa para Gregório: "Você não disse que seu primo não se adaptaria aqui e que iria ficar com amigos?"
Gregório lançou um olhar gelado para a pessoa na porta: "Explique-se."
Daniel disse: "Meu amigo foi preso."
Ophélia: "…"
Gregório: "…"
Uma razão incontestável.
"Você já comeu?" perguntou Ophélia, "Ainda tem pão de queijo na cozinha, quer um pouco?"
"Quero."
Ophélia se levantou e foi para a cozinha, enquanto Daniel se espalhava no sofá.
Ficou claro que ele havia escolhido este lugar para "viver ou morrer", enquanto Gregório o olhava friamente, não dizendo muito na frente de sua esposa e filha.
A Ophélia trouxe o pão de queijo, e Daniel agradecia como se fosse bem educado: "Obrigado, cunhada."
Ele pegou com ambas as mãos, seu corpo entre um jovem e um homem adulto, magro, mas não frágil, com braços musculosos e bem definidos.
"De nada," Ophélia disse, "foi seu primo que fez, experimenta."
Ele tinha razão, não é todo mundo que aos trinta anos consegue alcançar tudo o que ele conseguiu — carreira, riqueza, um amor constante e uma família feliz e satisfeita.
O exemplo perfeito de um vencedor na vida, algo que não está ao alcance de todos.
Daniel se curvou no sofá, ficou em silêncio por um momento e então disse: "Primo, eu tenho inveja de você."
"Inveja do quê?" Gregório perguntou, "Seu ponto de partida não é mais baixo que o meu, se não se sabotar, pode ter tudo o que quiser."
Inveja de tudo, inveja de ter pais amorosos, amigos íntimos, uma amada maravilhosa e uma filha adorável, inveja de ser amado por tantas pessoas.
Mas o Daniel gostava de provocar seu primo.
"Invejo você por ter a cunhada."
"Seu olhar é bastante agudo"O Gregório expressou com grande admiração, "mas neste vida, você apenas terá lugar para inveja."
Com os dedos longos e finos como ossos de um leque, ele segurava uma peça minúscula de quebra-cabeça, e com um ar de moralidade disse: "Deixe-me ensinar a primeira lição de vida, primo. Há coisas que, por mais que você se esforce, nunca conseguirá ter. É preciso aprender a conviver com o arrependimento."
Daniel em silêncio por um momento.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....