Ele segurava o paletó nas mãos, comandando de forma breve: "Chame alguém."
No início do outono, a Ophélia vestia um cardigã bege e uma saia de seda branca, com o cabelo preso atrás da cabeça por um grampo, e mechas soltas caindo ao lado de suas orelhas, como uma brisa quente do final do verão.
Daniel se lembrava de uma vez que foi visitar a Família Pascoal, no aniversário de Fidelis Pascoal. A casa dos Pascoal estava cheia, com muitos convidados e crianças por todo lado.
Um grupo jogava peteca no quintal, e um menino acidentalmente acertou Ophélia com a peteca. Ele pediu desculpas com uma atitude arrogante.A Ophélia, tranquila e sem perder a sua postura, esperou o menino se afastar e então pisou na peteca, esmagando-a.
Ele olhava ela do andar de cima, achando aquela menina muito interessante.
Daniel abriu a boca, com um tom diferente falso: "Oi, irmã."
Ophélia não se importava muito com o termo, mas Gregório sim.
Seu olhar desinteressado passou pela cara de Daniel: "Como é? Passou alguns anos no exterior e o capitalismo comeu seu cérebro, esqueceu até da estrutura familiar?"
"Eu chamava de irmã desde pequeno, por que não posso chamar agora?"
Gregório sorriu desdenhosamente: "Quando você era pequeno, eu podia te bater, e ainda posso."
Daniel, rebelde, provocou: "Não posso chamar de irmã, então chamo de cunhada?"
"..."
Isso era ainda mais estranho que irmã, Ophélia percebeu por que seu tio ficava muito zangado a ponto de ter um ataque cardíaco.
Mas o pequeno problema encontrou uma solução maior. O que o tio não conseguia controlar, Gregório podia.
Ele deu um sorriso, jogou o paletó de lado, enfiou as mãos nos bolsos, demostrando uma aspecto nobre com uma pressão incisiva, seus olhos frios e indiferentes olhavam o Daniel: "Chame de cunhada. Ou eu te bato até você ficar mudo."
Estar no exterior e encontrar uma boa refeição era mais difícil que ganhar na loteria, Daniel fazia tempo que não desfrutava de uma refeição decente.
Seu apartamento no centro de Boston estava uma bagunça por causa de uma briga, seu pai havia cancelado seu cartão de crédito em um acesso de raiva, e seu tio havia pedido ao primo que o acolhesse temporariamente. Daniel não estava muito feliz com isso, sem cartão de crédito, mas com alguns amigos de má influência, não seria difícil encontrar um lugar para ficar por alguns dias.
Mas depois do jantar, ele ficou mais tranquilo.
"Primo, onde eu vou dormir?"
Gregório estava calmamente descascando camarões e limpando a carne de caranguejo, alimentando a Ophélia como se ninguém mais estivesse ali.
Sem sequer levantar os olhos, sua voz fria e sem emoção não mostrava nenhum sinal de harmonia: "O quintal tem muitas árvores, escolha duas, compre uma rede e pendure onde quiser."
Daniel: "..."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....