Os sons ao redor soavam próximos em um momento e em outro pareciam distantes como se fossem de outro mundo.
A Ophélia atravessou grande parte do salão de festas, andando em direção aos dois homens, sentindo as pontas dos dedos formigarem de nervosismo.
Gilberto e Marlon Pinto conversavam sobre negócios, mas, como estavam em uma comemoração, o ambiente era mais descontraído e não muito formal. Marlon Pinto sorria, bebendo um gole de sua bebida de vez em quando.
Uma figura radiante em cores vivas aproximou-se, e Gilberto virou a cabeça ao notar Ophélia.
Ela chamou: "Irmão".
Gilberto acenou com a cabeça, a serenidade e a maturidade de sempre em seu rosto, não dando pistas de qualquer coração partido.
Marlon Pinto também virou-se para olhar ela, com um sorriso em seu rosto.
Ele não era nem muito alto nem baixo, beirando os cinquenta anos, conseguira chegar ao posto de vice-presidente do Banco Horizonte, possuindo tanto dinheiro quanto status.
Diferente da autoridade deslumbrante de Fidelis Pascoal, Marlon Pinto tinha um porte levemente robusto, e seu sorriso transmitia uma sensação de bondade e generosidade.
A beleza sempre agrada aos olhos, e ele olhou para a Ophélia com um brilho de admiração, até que Gilberto fez as apresentações: "Este é o diretor executivo do grupo, Pr. Pinto."
Ophélia disse: "Pr. Pinto, prazer."
Gilberto continuou: "Ophie, a esposa do Gregório."
A expressão de Marlon Pinto manteve-se, mas o brilho de admiração em seus olhos pareceu desvanecer um pouco.
Essa mudança foi sutil, quase imperceptível, mas Ophélia, que não desviava o olhar, captou esse breve momento.
"Ah, então você é a esposa do Sr. Gregório."
A forma como Marlon Pinto tratou ela foi cortês, mas apenas isso. Não havia a bajulação de costume ou qualquer emoção exagerada.
Mas ela não fez isso.
"Então, você com certeza conheceu meu pai, Fabrício."
Ela foi direta, pegando Marlon Pinto de surpresa, impedindo ele de mascarar completamente sua expressão.
Marlon Pinto duvidou por um momento antes de responder: "Claro que sim. O Sr. Fabrício, foi ele quem me trouxe para o Horizonte. Ele era um gênio da programação, e o sistema de software do Horizonte foi desenvolvido sob sua liderança."
"Obrigada por se lembrar do meu pai." Disse Ophélia, "Parece que todos os outros já esqueceram ele."
Marlon Pinto de repente mostrou uma expressão quase complexa: "Como não? Embora o Sr. Fabrício tenha partido cedo, a sua contribuição para o Horizonte ainda está fazendo efeito até hoje, e todos irão se lembrar dele."
"Mas nunca ninguém menciona ele." Ophélia observou sua expressão, "Os criminosos que nos sequestraram naquele tempo, até hoje não foram encontrados, e parece que ninguém mais se importa. Se não fosse pela luta desesperada dos meus pais para me salvar, nós três teríamos morrido naquela fábrica."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....