A luz do dia mudou de repente, a manhã ainda era agradável, mas na parte da tarde, quando a Ophélia saiu da sala de cirurgia, o céu lá fora já tinha escurecido.
Gotas de chuva do tamanho de feijões batiam contra o vidro, tocando uma sinfonia caótica.
Ela trocou seu uniforme cirúrgico, enquanto Rute, mudando de roupa, falava: "Eu queria levar minha mãe para passear no shopping depois do trabalho, como vamos fazer agora?"
"Que tal passear pelo celular?" Ophélia pegou seu telefone do armário, sugerindo aleartoriamente.
"Boa ideia!"
Ophélia olhou as notícias, a cerimônia de assinatura entre a Fortaleza Finanças S.A. e a Horizonte já havia sido concluída com sucesso.
A foto de Gregório estava em destaque, ele tinha uma aparência diferente, com olhos profundos, nariz reto e lábios finos, não havia como apontar qualquer imperfeição do seu cabelo até o queixo.
Representando a Horizonte na cerimônia de assinatura estava o filho mais velho, Gilberto.
Os dois irmãos, na foto, exibiam uma beleza semelhante, mas emanavam auras completamente diferentes.
Gilberto mantinha a sua seriedade habitual, sempre discreto em suas expressões, enquanto Gregório parecia muito mais despojado.
Não se sabe o que foi dito ao seu lado, mas a câmera capturou seu sorriso, e os olhos que varreram a lente mostrava uma certa frieza distante.
Totalmente diferente de como ele era na frente de Ophélia.
O que realmente agitava a mídia não era a parceria entre as duas empresas, mas os irmãos unidos.
A questão da sucessão da família distinta de Cidade Nascente, a Família Pascoal, sempre gerou muita especulação.
Alguns diziam que Gilberto, o filho mais velho, era astuto e sempre manteve um olho cauteloso sobre seu irmão, forçando ele a sair e fundar a Fortaleza Finanças S.A.
Outros diziam que Sr. Gregório havia passado dois anos se preparando em Wall Street, voltando ao país com o objetivo de reivindicar a fortuna da família.
"Acabei de dar de cara." A Ophélia fechou o aplicativo e guardou o telefone, acrescentando, "Posso olhar, não posso?"
"Claro que pode." Rute disse, "Se meu marido fosse muito bonito, eu imprimiria a foto dele e colaria no rosto do Sr. Allende, aí com certeza eu faria tudo o que ele pedisse."
Ophélia riu: "Eu te apoio."
Depois do trabalho, ela foi para casa, e mudou a roupa por um vestido leve de festa, e Eloi a levou para a celebração.
A noite de céu nublado chegou mais cedo, já estava escuro na estrada, e a chuva forte que tinha chegado de repente agora caía de maneira mais estável, transformando-se em uma chuva contínua que desenhava rios nas janelas do carro.
Na entrada do hotel, Gregório estava sob o alpendre, observando as finas linhas de chuva no brilho das luzes noturnas.
O carro parou no salão, e a água acumulada degrau abaixo fez com que Ophélia hesitasse antes de sair, mas dois porteiros de gravata borboleta correram até ela, inclinando-se para colocar um tapete sob os seus pés.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....