Após o expediente, Ophélia se dirigiu ao estacionamento, onde seu Phantom habitual estava parado no lugar de sempre.
Sem notar a ausência de Eloi para abrir a porta, ela, distraída, abriu a porta e sentou-se por conta própria.
O carro foi iniciado, deixando o hospital para trás, enquanto a paisagem familiar passava pela janela, ela ponderava sobre como investigar o Banco Horizonte.
Depois de tantos anos na Família Pascoal, ela quase nunca teve contato com o Horizonte. Se demonstrasse um interesse súbito e fora do comum, Fidelis Pascoal, aquele empreendedor astuto e eficiente, certamente perceberia, não?
Perdida em seus pensamentos, ela percebeu que havia algo estranho no silêncio do carro.
Seu olhar se voltou para o assento do motorista.
O crepúsculo laranja invadia o interior do carro, revelando o homem cujos braços longos repousavam no volante. Seu perfil era marcado por traços profundos, sua beleza ressaltada pelas sombras do pôr do sol, tornando-o incomparavelmente atraente.
Claramente, não era Eloi.
Gregório virou seu olhar, encontrando casualmente o dela no espelho retrovisor.
"Finalmente percebeu? Alguém te sequestrou e você simplesmente seguiu, sem perceber. Toda a sua cautela é reservada apenas para mim, não é?"
"Estava errada em desconfiar de você?" Ophélia estava distraída com outros pensamentos e, se não fosse por sua intuição, nem teria notado a troca de motoristas. "Por que você está se passando por Eloi?"
"Você realmente acha que me passar por Eloi seria tão difícil?"
Gregório parou o carro à beira da estrada: "Vem para o banco da frente."
Ophélia saiu e sentou-se no assento do passageiro, abaixando-se para afivelar o cinto de segurança quando ouviu Gregório elogiá-la com um sorriso despreocupado: "Veja só, sabe até afivelar o cinto, que incrível."
"..."
Ophélia sentiu-se tratada como uma criança, recebendo elogios por algo tão básico.
"Também sei comer quando estou com fome e usar um guarda-chuva quando chove."
"Impressionante." Gregório arqueou uma sobrancelha, seu sorriso zombeteiro. "E quando vê o marido, sabe o que fazer?"
"Arranje um tempo nos próximos dias. Precisamos discutir o modelo de cooperação entre o Horizonte e a Fortaleza Finanças S.A."
Gregório não se perturbou: "Essa pequena questão pode ser resolvida pelo meu vice-presidente."
Gregório, outrora considerado incapaz de tocar nos assuntos da família, agora fundador de um dos principais bancos de investimento do país, a Fortaleza Finanças S.A., havia se tornado a primeira escolha do Banco Horizonte para uma parceria.
Perante seu pai, Gregório não perdia a confiança.
Devido a eventos passados, Fidelis Pascoal sempre se sentiu em dívida com ele, sem ter como repreendê-lo: "Então, deixe seu irmão falar com você."
Gregório: "Acha que tenho medo dele?"
Fidelis Pascoal: "......"
Ophélia prestava atenção na conversa deles, conseguiu entender um pouco e, com o coração inquieto, perguntou a Gregório: "O sogro chamou você?"
Gregório virou o olhar para ela e disse: "Vamos lá ver o que ele quer, então."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....