"Eu só descobri recentemente que ele pegou muito dinheiro emprestado por aí e não conseguiu pagar. Ele mesmo saiu para se esconder dos credores, que me ligam todos os dias e aparecem na minha porta exigindo o dinheiro."
A dificuldade da vida, a raiva para o marido por não se esforçar e as mágoas acumuladas por mais de vinte anos se entrelaçavam, fazendo-a cobrir o rosto e começar a chorar copiosamente.
Ophélia podia ver que a vida da tiazinha estava realmente difícil.
Ela não ofereceu palavras de conforto, nem mostrou vontade de ajudar, apenas sentou-se ao lado com uma expressão indiferente.
"Você consegue entrar em contato com o Vidal?"
A tiazinha enxugou as lágrimas, e nesse momento, a porta se abriu com um clique. Coincidentemente, Vidal havia retornado.
Ele nem percebeu a presença de alguém no sofá, entrou apressado já pedindo dinheiro: “Quanto você tem aí? Me passa, estou precisando urgente."
"Dinheiro, dinheiro, dinheiro, onde eu ainda teria dinheiro!" a tiazinha disse emocionada, "Todo o dinheiro da família foi esvaziado por você, eu só ganho alguns milhares reais por mês trabalhando duro, e isso foi tirado por você, para como posso lhe dar dinheiro?"
"Você não disse que ainda não deu a mesada do nosso filho para o mês que vem? Me deixa usar isso para sair do aperto, e em alguns dias eu te devolvo."
"Eu não tenho dinheiro!"
"Pare com essa besteira!" Vidal disse em voz baixa, com raiva, "Vá, me dê seu celular."
Ele avançou querendo tomar o celular de Paloma.
Ophélia se levantou: “Você chegou na hora certa."
"E eu achando que era quem," Vidal disse com sarcasmo, "A nobre senhora da alta sociedade lembrou de visitar seus pobres parentes, né?"
Vidal, percebendo que tinha falado demais, desviou o olhar e continuou teimosamente: “E daí que eu pedi? Você é filha da Família Isolda e é a única sobrinha da tiazinha, então como você pode dar a ela uma filha desse tamanho para criar de graça?"
"Se ela te valorizasse, já teria nos dado dinheiro. Na minha opinião, ela nem te considera tanto assim. Você bajulando eles, sem ver se eles te valorizam ou não!"
Ophélia sentiu o sangue correr ao contrário em suas veias, e sua cabeça zumbia.
Ser despida e jogada na rua, mas não poderia ter sido mais embaraçoso do que aquele momento.
Ela já se sentia andando em gelo fino com a Família Pascoal, e agora, Vidal usando seu nome para pedir dinheiro, como a Família Pascoal a veria?
Não era à toa que desde pequena Queren nunca gostou dela.
Adotar uma criança para depois ser extorquida por seus parentes pobres, se fosse ela, também sentiria repulsa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....