Clorinda Serrano estava bocejando quando foi chamada para fazer compras: "Nossa, ainda está muito cedo e você já quer ir às compras? Você realmente está animada."
Tarsila Fagundes, calçando seus saltos altos, exalava uma aura imponente como se fosse a rainha inspecionando seu próprio shopping: "Se gostar de alguma coisa, é só pegar."
Clorinda Serrano fez uma cara, como se perguntasse se a Tarsila tinha sido possuída por um extraterrestre e perguntou, duvidosa : "Você vai pagar ou sou eu?"
Tarsila Fagundes apontou com o polegar para trás: "Gregório paga."
Lisandro sorriu educadamente.
Clorinda entendeu.
Mesmo sem entender o porquê, ela puxou Tarsila Fagundes e foi diretamente para a Hermès.
Ambas com uma energia surpreendente, caminhavam rapidamente de salto alto, seguidas por alguns homens de terno preto encarregados de carregar suas bolsas.
O Lisandro acompanhava o tempo todo, como um assistente de vigilância 24 horas, enfrentando pela primeira vez a sensação de fraqueza à frente de um simples ato de passar o cartão.
Acontece que, em certas circunstâncias, a energia feminina pode superar a masculina.
No decorrer das compras, a Clorinda Serrano começou a se sentir um pouco culpada: "A gente não está comprando demais?"
"Oras, é dinheiro do Gregório, por que você está preocupada?" Tarsila Fagundes passou o dedo por uma fileira inteira de bolsas com autoridade, "Tudo isso aqui…"
Naquele dia, a loja estava atendendo um "cliente muito importante", e o gerente quando foi avisado notificado, veio recebê-las pessoalmente com um sorriso mais brilhante que a luz do sol lá fora.
Clorinda Serrano, pensativa, tocou o queixo: "Mas o dinheiro dele, não é metade da Ophélia?"
"..."Tarsila Fagundes engasgou com sua própria autoridade, e para o gerente que já ia buscar as bolsas, e disse: "Deixa pra lá."
Os dois não estavam divorciados; teoricamente, o dinheiro de Gregório era propriedade conjugal, e ela se sentia mal só de pensar que pelo menos metade do que ela gastava era de Ophélia!
Embora a Ophélia tivesse dito que eles tinham um acordo pré-nupcial e que ela não conseguiria nada em caso de divórcio, considerando como as coisas estavam, o dinheiro ainda seria de Ophélia, certo?
A indiferença de Tarsila Fagundes foi absorvida pela sua pele num instante, deixando-a imaculada: "Eu sou mesmo uma pessoa incrível, capaz de ser corrupta pela riqueza, mudar pela pobreza e dobrar-se diante do poder!"
No centro financeiro, Fortaleza Finanças S.A.
Lisandro havia acabado de levar a Tarsila Fagundes e a Clorinda Serrano em segurança para casa, voltando com as contas do dia para reportar a Gregório.
Gregório, saindo da sala de reuniões, passou os olhos rapidamente pelo relatório que tinha em mãos, dando apenas uma olhada rápida.
"É apenas isso?"
Para ele, não seria surpresa se Tarsila Fagundes, com sua obsessão por dinheiro, esvaziasse um shopping inteiro.
Lisandro descreveu fielmente a troca de palavras entre os dois e a declaração final de Tarsila Fagundes.
Com um leve sorriso nos lábios, Gregório comentou: "Ela é muito boa com números, que da próxima vez que necessitarem de pessoas no financeiro, lembre-se de ligar para ela para uma entrevista."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....