Nileson não sei a onde conseguiu um notebook emprestado, e Gregório inseriu o cartão SD no computador.
Os arquivos armazenados foram rapidamente acessados, e quando a tela encheu-se de fotos, Gregório já sabia do que se tratavam.
Eram as fotos dele com Ophélia no decorrer de os dias em Janela da Montanha, fotos que ele mesmo havia tirado.
Quando foi para os Estados Unidos, queria levar consigo, mas o cartão da câmera havia desaparecido, impossível de encontrar em qualquer lugar.
Não imaginava que tinha sido ela a pegá-lo.
Mesmo que tinha feito ela sofrer tanto, ela ainda guardava as melhores lembranças dos dois.
Era como se fosse uma surpresa no coração de Gregório, uma dor ácida, amarga e quente.
Que tola ela era.
Gregório abriu as fotos, passando uma a uma.
Ela estava adormecida no sofá, coberta por uma manta bege de tricô, com uma expressão calma enquanto dormia.
Gregório lembrou daquele dia, quando ela, não tinha nada para fazer, decidiu pegar um "Atlas de Anatomia" para ler, e ele descobriu que ela havia trazido alguns livros de medicina para a lua de mel.
Mas não demorou muito tempo para ela dormi, inclinando-se no sofá.
No quintal, dois bonecos de neve estavam um ao lado do outro, um com olhos redondos e grandes de uva, outro imponente ao seu lado.
Naquele dia, as mãos dela estavam muito frias quando fazia os bonecos de neve, que Gregório a aqueceu colocando suas mãos sob sua roupa ao voltarem para casa. Ela ainda não estava acostumada a estar tão próxima dele e ficou vermelha de nervosismo.
Ela estava apoiando-se na janela, olhando a neve cair na escuridão da noite, com mechas de cabelo caindo sobre sua testa, cílios encaracolados erguidos, a ponta do nariz vermelha e os lábios rosados levemente entreabertos.
Gregório também se lembrava desse dia, lembrava-se tão claramente que depois de tirar essa foto, colocou a câmera de lado e a beijou, levando a momentos íntimos naquela bela noite de neve.
Havia mais de mil fotos no cartão, e, ao revê-las, uma Ophélia vibrante surgia diante de seus olhos.
Nileson observava ao lado, numa rara quietude.
Como Gregório parecia naqueles momentos capturados, só podia ser imaginado. Os sentimentos em seu coração naquele instante, inefáveis em palavras ou dados, mas eternamente preservados naquelas imagens estáticas.
Nileson, que sempre fora indiferente a questões de amor, achando-as menos interessantes que videogames, não entendia muito o relacionamento entre Gregório e Ophélia. Para ele, era como um processador de tarefa única; quem Gregório amasse, ele simplesmente aceitaria como sua cunhada.
Era mais do que conquistar ; era como se ela o estivesse manipulando.
Ela realmente havia crescido nestes três anos.
Gregório retirou o cartão de memória, levantou-se e, pegando seu casaco, saiu com passos largos.
"Gregório já foi? Mas a gente nem comeu o bolo ainda."
Nileson, que dificilmente não se importava com a partida imatura do irmão, sentou-se e pegou o pedaço de bolo de Gregório para comer. "Minha alma foi fisgada pela minha cunhada."
Ophélia saiu do carro em frente ao Palmeiras Imperiais, andou até a entrada, esperou o elevador descer, entrou e apertou o botão do andar. A porta do elevador, que estava quase a se fechar, de repente foi bloqueada por uma mão, fazendo-a se abrir de novo.
Ao ver o rosto de Gregório aparecer do lado de fora, ela ficou ligeiramente surpresa, pensando em como ele havia terminado tão rápido.
Mal havia pronunciado uma sílaba, quando ele entrou apressadamente, pressionando-a contra a parede, segurando-a pelo pescoço e a beijando com muita intensidade.
Com uma força quase incontrolável e feroz, ele pressionava contra os lábios delicados dela.
Ophélia voltou a si, seu corpo inicialmente rígido começou a relaxar aos poucos, abrindo levemente os lábios, aceitando-o.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....