Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 302

Gregório pegou as chaves do carro, levantou o gato e o colocou no assento: "Vamos nessa. Eu levo vocês."

Ophélia se lembrou de como ele antes detestava o gato, com um tom levemente zombeteiro: "Agora não tem mais medo que ele te mate?"

"Quanto do meu passado você ainda guarda rancor?"

Gregório soltou uma risada, arrogante ao dizer: "Mas para sua decepção, antes de você chegar, nós dois nos entendemos bem e decidimos fazer as pazes."

Arrogância pura.

Ophélia ainda disse: "Deixa disso, você é alérgico."

Espirrar e tossir são o de menos, reações mais sérias podem incluir rinite alérgica e asma, ele já tinha tido uma erupção cutânea antes.

Ela estendeu a mão para pegar o gato, mas Gregório, com seus dedos longos, bloqueou a porta, impedindo-a.

"O que você está tentando fazer, nos separar?" ele a olhou reprovadoramente, "Eu já criei um laço com ele, seu coração é assim tão duro?"

Ophélia olhou para ele sem expressão e retirou a mão: "Então fique com ele."

Gregório, imperturbável: "Uma criança não pode ficar sem a mãe."

...Que tipo de absurdo é esse.

Ophélia: "Você é louco."

"Se eu não tenho medo de alergia, por que você teria?" Gregório fechou a porta do carro e abriu a do passageiro, puxando-a para dentro.

"Você não vai comprar algo para ele comer, algo que precisa? Motoristas de táxi não vão te acompanhar até a pet shop."

"Como quiser." Ophélia desistiu de resistir e entrou no carro, "Se ficar alérgico, não me culpe."

Viagens de carro assustam o gato, que dentro da bolsa não parava de miar pelo caminho.

Ophélia, com voz suave e paciente, o acalmava.

O gato confiava nela, silenciando ao ouvir sua voz, mas assim que ela parava, ele começava a chamar inquieto novamente.

Ophélia não tinha escolha a não ser conversar com ele sem parar, respondendo a cada miado.

Gregório, no volante, permanecia em silêncio, usando uma máscara, impossível ver sua expressão. Ophélia pensou que ele estivesse concentrado na direção.

Até que, de sob a máscara, veio uma risada baixa.

Ela olhou para ele.

No semáforo, Gregório lentamente freou, percebendo seu olhar, lançou-lhe um olhar pelo canto do olho.

"Por que parou de conversar?"

Ophélia se sentiu um pouco envergonhada, pensando sobre como ela devia estar parecendo boba.

"Ficou sem assunto?" Gregório, sempre prestativo, sugeriu, "Por que você não como para ele sobre a nossa confusa história de amor?"

"..."

Louco. Ophélia virou o rosto para a janela, ignorando-o.

Na loja de artigos para pets, havia todo tipo de produto necessário. Ophélia, que trabalhava durante o dia e às vezes ficava de plantão, comprou para o gato um alimentador automático, uma caixa de areia inteligente, e outras necessidades como comida e areia.

Gregório, não sei de onde tirava tanta disposição, insistiu em acompanhá-la.

Para ele, aquele lugar era um poço de alérgenos, mesmo de máscara não estava imune, e logo começou a se sentir mal.

As compras eram muitas e pesadas. Ao chegarem ao Palmeiras Imperiais, o Sr. Gregório fez questão de carregar tudo escada acima.

Ser prestativo demais teve seu preço, ele acabou tendo uma reação alérgica.

Uma dose de cachaça foi derramada sobre os desejos ferventes, incitando o calor no sangue.

"Aquela noite você também me queria, não é?"

"Eu tinha bebido demais naquela noite." Ophélia procurou uma desculpa.

Gregório, com um tom astuto, pressionou: "Então você admite?"

Ophélia engasgou.

Gregório virou o rosto dela de volta para si, segurando suas bochechas macias e pálidas com os dedos, causando uma leve depressão.

O rosto dela estava ardente, quase mais quente que a palma da mão dele.

Os olhos de Gregório eram intensamente profundos, olhando diretamente e sem barreiras para o fundo dos olhos dela, onde não havia onde se esconder.

"Ophélia, sua boca só diz a verdade quando você está bêbada, dizendo o que sente de verdade, me beijando."

O motivo pelo qual seu coração batia tão rápido era incerto, o olhar ardente de Gregório parecia queimar o coração de Ophélia.

Ela pressionou os lábios, baixou os olhos e, com os braços, empurrou o peito dele, afastando-o.

Ela não olhou mais para Gregório: "O gato já foi entregue. Você pode ir agora."

Gregório sentiu uma sensação de irrealidade, como se não pudesse alcançá-la mesmo ela estando tão perto.

Mesmo com o rosto e as orelhas aquecidos por ele, sua voz era fria.

Haveria mais oportunidades. Ele se lembrou disso novamente.

Soltando-a, arrumou os cabelos dela bagunçados ao lado de sua orelha, querendo fazer muitas coisas, mas no fim, apenas deu um beijo leve em sua testa.

"Eu volto amanhã para ver vocês."

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