Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 298

O quarto principal no segundo andar era amplo e iluminado, Fidelis Pascoal tinha uma paixão por objetos antigos, e sua estante de madeira de navio naufragado exibia várias antiguidades valiosas, sem preço no mercado.

Queren começou a sentir sua enxaqueca atacar, e Fidelis Pascoal pegou um copo de água morna e um remédio na bandeja de madeira, entregando-os a ela.

"Para de franzir a testa. Olhe só para você, até as rugas estão aparecendo."

Queren tomou a água e o remédio para dor, mas sua testa permanecia tão franzida quanto antes.

"Você acha que eu gosto de franzir a testa? Eu realmente não entendo o que se passa na cabeça dele. Antes, ele e a Kristina se davam tão bem, e de repente decidiram terminar. Agora, depois de tanta briga e separação com a Ophélia, e agora decidiram não se divorciar. Essa indecisão toda, não faço ideia do que ele está pensando."

Ela estava claramente agitada, "E o Gilberto também. A Kaela gostava tanto dele, já tinham até marcado a data do casamento e ela já tinha experimentado o vestido de noiva, e de repente ele diz que não quer mais casar."

"Você está se preocupando demais à toa," disse Fidelis Pascoal. "Eles não são mais crianças, já são bem grandinhos, podem decidir sobre seus relacionamentos e casamentos por si mesmos. Daqui para frente, vamos deixá-los resolver suas próprias questões."

"Nenhum deles facilita as coisas, mas pelo menos filhas são melhores."

Queren tinha um nó em seu coração que nunca se desfazia, sempre trazendo tristeza quando mencionado: "Se nossa filha tivesse nascido, hoje ela teria vinte anos. Se não fosse pelo seu irmão..."

"Chega," Fidelis Pascoal interrompeu com firmeza. "Não vamos mais falar sobre isso."

Um empregado bateu na porta para passar uma mensagem, dizendo que a avó os chamava lá embaixo.

Desceram até a sala de estar, onde a avó já havia trocado de roupa, usando uma linda blusa vermelha, se preparando para que Ophélia fizesse sua maquiagem.

Ophélia aplicou um pouco de base, desenhou as sobrancelhas e passou um leve batom.

Gregório, com os braços cruzados, observava de lado, comentando: "Se arrumando toda bonita assim, está querendo competir com a sua neta, é?"

Desde que voltou do jardim, Ophélia não havia dado atenção a ele, mas ao ouvir isso, não reagiu, concentrando-se em trançar o cabelo da avó.

Queren, ao ver a postura descompromissada de Gregório, sentiu sua cabeça doer ainda mais, sem vontade de observar mais aquilo.

Quando o empregado trouxe a câmera, a avó já estava pronta, e a família se reuniu novamente na sala de estar.

Fidelis Pascoal perguntou: "Você nos chamou aqui embaixo para dizer algo?"

"Nem todo mundo é como você, que adora fazer discursos," disse a avó. "Aproveitando que hoje estamos todos aqui reunidos, para tirar uma foto de família. Quem sabe no ano que vem não conseguimos reunir todos novamente."

Essa frase deixou Ophélia com uma sensação amarga no coração.

Todos sabiam da condição de saúde da avó. Se no próximo ano ela não estivesse mais aqui, então Ophélia realmente não teria mais família.

Essa senhora, de vez em quando, sabia como tocar no coração das pessoas. Ela via a vida e a morte com naturalidade, aproveitando cada dia como se fosse um ganho, mas nem todos conseguiam encarar isso da mesma forma.

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