Como poderia soltar?
Não apenas não soltou, mas trouxe o corpo frágil dela para o seu.
Ophélia não conseguia se libertar dos braços fortes que a prendiam, apenas as pernas ainda se moviam, então ela chutou as dele.
O chute não o acordou; pelo contrário, seu tornozelo foi capturado por uma mão grande.
Gregório, ainda sonhando, levantou a perna dela ao redor de sua cintura, e sua mão grande deslizou ao longo da perna lisa dela.
Sua cabeça encontrou o ombro de Ophélia, onde ele a acariciou com uma voz rouca e sonhadora, cheia de afeto: "Minha esposa, não vá..."
Seu hálito quente, junto com seus lábios finos, logo tingiu de vermelho a pele lisa de Ophélia.
Ela ficou com raiva e o agrediu.
Gregório parece finalmente ter despertado um pouco, abrindo os olhos sonolentos pela metade.
Viu o rosto avermelhado de Ophélia e seus olhos escuros e brilhantes, furiosos.
Ele piscou confuso por um momento, até finalmente perceber.
A mão que deslizava parou, afastando-se de onde não deveria estar, e levantou-se como se rendendo.
"Desculpe-me, achei que estava sonhando."
Ele olhou para ela com um rosto frágil e doentio, pálpebras avermelhadas e olhos turvos, fazendo até mesmo o lobo mau parecer inocente.
Ophélia ainda estava irritada, franzindo a testa gentilmente: "Só porque você está sonhando, pode brincar o quanto quiser?"
Gregório ergueu levemente as sobrancelhas, sua voz rouca trazia um sorriso resignado: "Até no meu sonho você quer controlá-lo? Que autoritário".
Os lábios de Ophélia estavam firmemente fechados: "Deixe-me descer".
Gregório se afastou um pouco: "Eu cometi um erro, estava confuso. Se estiver com raiva, pode me bater de novo, não pode?"
Seu roupão de seda cinza, depois de uma noite, estava solto, o decote ligeiramente aberto revelava parte de seu peito, a aparência de alguém que acabara de acordar era preguiçosa e confortável, dando a impressão de que ele poderia ser facilmente maltratado.
Ophélia colocou a garrafa térmica na bolsa, foi até a entrada, se agachou para trocar os sapatos.
Gregório ainda não tinha tido tempo de saborear aquela doçura quando ela desapareceu.
Ele olhou para a figura dela, que não disse uma palavra.
"Não é para mim?"
Ophélia levantou a cabeça: "O quê?"
Pelo menos ela respondeu.
"Sua água fresca" - Gregório perguntou: "Não foi feita para mim?"
"Eu a fiz para mim" - Ophélia se abaixou para amarrar os sapatos, ainda frios: "Tem mais no pote, pode beber."
Dito isso, ela abriu a porta e saiu.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....