Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 285

Ophélia ainda estava com uma tosse leve, voltando do trabalho à noite, comprou algumas peras, planejando cozinhá-las ao vapor quando chegasse em casa.

Ao sair do elevador e virar para o corredor, ela viu alguém parado na porta.

Gregório estava sentado de costas para a porta, em cima de uma mala preta, de frente para o corredor, esperando por ela.

Com suas longas pernas esticadas de forma relaxada e a cabeça inclinada para trás, sua postura era de total tranquilidade. Quando ele a viu, seu sorriso se formou lentamente.

Ophélia ficou confusa com o sorriso dele.

Observando sua atitude indiferente e a mala em que ele estava sentado, ela hesitou.

Havia um certo alerta em seu olhar.

"O que você está fazendo?"

Gregório, sem dizer uma palavra, puxou a mão dela, que tentou se soltar sem sucesso e acabou tendo sua mão pressionada contra a testa dele.

Sob sua palma, ela sentiu uma temperatura febril. Ophélia ficou surpresa.

"Você está com febre?"

Gregório murmurou um "sim": "Foi você que me deu".

Seu tom alegre teria feito qualquer pessoa pensar que a gripe era algo maravilhoso, como se tivesse tido sorte em pegá-la.

Ophélia ficou sem palavras: "E por que você está feliz?"

"O que você acha?"

Gregório estava com febre há meio dia, começando com 38 graus e, após medir a temperatura mais de dez vezes ao longo da tarde, só teve coragem de procurá-la quando atingiu quase 39 graus.

A febre não era forte o suficiente para amolecer seu coração.

A essa altura, as veias de sua cabeça doíam como se estivessem prestes a explodir, mas seu coração estava comemorando.

"Ophélia, você tem que assumir a responsabilidade por mim."

"Se você estiver infectado, vá para o hospital" - Ophélia estava tão fria quanto um iceberg: "Vir até mim não vai curá-lo."

"Não foi o hospital que me infectou, por que eu iria para lá?" - Gregório argumentou absurdamente: "Quem me infectou é quem deve ser responsável".

Ophélia disse: "Eu posso levá-lo ao hospital".

Gregório inclinou a cabeça para frente, encostando no ombro dela, sua voz abafada não conseguia esconder a fraqueza: "Ophélia, estou me sentindo muito mal. Tenha um pouco de pena de mim."

Ophélia pressionou os lábios, recuando: "Não faça isso..."

Assim que ela se afastou, Gregório, perdendo o apoio, começou a cair para frente.

Ophélia se assustou, mas seu corpo reagiu mais rápido do que sua mente, e ela instintivamente estendeu os braços.

E o abraçou.

Seus braços foram para baixo dos de Gregório, abraçando-o com força.

Gregório parecia ter desmaiado, completamente sem forças, seu peso pressionando-a, quase fazendo-a perder o equilíbrio.

Ela não conseguia ver o rosto de Gregório, nem saber se ele realmente havia desmaiado.

"Gregório?"

Sem resposta.

Ela mordeu o lábio, tentando levantá-lo, mas sua força era insuficiente para sustentar um homem adulto.

O vizinho, que não se sabe por quanto tempo esteve espiando, abriu a porta, mostrando uma cabeça curiosa.

Ophélia tentou pedir sua ajuda: "Você poderia..."

Antes que terminasse, o vizinho recuou e fechou a porta.

Ophélia suspirou profundamente.

Notando que ele ainda vestia seu terno, o que certamente o impedia de dormir confortavelmente, sugeriu: "Tire a roupa para dormir melhor."

Gregório olhou para ela, um sorriso malicioso curvando o canto de seus olhos, mesmo com sua febre de quarenta graus, ele ainda achava graça na situação: "Eu não me importaria que você se aproveitasse, já que está de olho no meu corpo há algum tempo. Mas estou sem forças, que tal fazer isso por mim?"

".." - Sem responder, Ophélia se virou e saiu.

Atrás dela, uma risada baixa e suave podia ser ouvida. Gregório se sentou e começou a tirar o terno, desabotoando alguns botões da camisa.

O travesseiro estava perfumado com o perfume dela, uma fragrância suave e reconfortante de flores, fria, mas de alguma forma calmante.

Gregório, com a mente pesada e dolorida, afundou naquela maciez, desejando adormecer e, ao mesmo tempo, relutante em fazê-lo.

Apoiado no travesseiro, seus olhos seguiram Ophélia.

Ela trocou de roupa por um pijama felpudo e macio.

Na cozinha, ela começou a cortar peras, pegando um pedaço para provar enquanto cozinhava.

Ela estava preparando a comida, mas, no meio do processo, pareceu esquecer a receita e pegou o celular para verificar.

Que cena adorável.

Ophélia percebeu que havia se esquecido de fritar a carne antes de colocá-la na sopa. Ela deu de ombros, pensando que a cozinharia de qualquer maneira.

Em seguida, jogou o restante dos ingredientes - cogumelos, inhame e cenoura - na panela.

Ela refletiu:

A sorte é como um carrossel, ela sempre gira.

Não existe almoço grátis.

Os benefícios desfrutados agora serão compensados em outro lugar.

Gregório era a sua dívida.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa