Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 249

Parecia que uma criança tinha sido intimidada lá fora e estava desesperada para voltar ao porto seguro para curar suas feridas.

Mas não havia ninguém em sua casa que pudesse protegê-la; aqueles que poderiam já haviam partido.

Ophélia dormiu por toda uma tarde, do sol brilhante até a escuridão da noite.

Se disséssemos que ela dormiu, na verdade ela não teria dormido nem por um momento.

Ela estava deitada na cama no escuro, um tipo de escuridão que a deixava desconfortável, mas ela não tinha forças para se levantar e acender a luz.

Ela olhava pela janela para o céu azul escuro, o som dos carros ocasionalmente invadia o quarto, o mundo continuava girando, mas ela estava submersa em uma quietude estagnada.

Parecia que ela não estava pensando em nada, mas também parecia que estava pensando em muitas coisas.

Desde a fábrica de pesadelos até os anos passados com a família Pascoal, desde o dia de seu casamento até aquele contrato enganoso.

Ela pensou em toda a sua vida.

Sua sorte sempre foi ruim, o amor que ela recebeu, ela perdeu, e as coisas que ela queria fazer sempre tinham um resultado diferente do esperado.

Até que seu vizinho do lado bateu à porta.

Era o garotinho gordinho: "Mana, minha mãe fez feijoada, vem jantar com a gente!".

Ophélia nem teve a chance de recusar, ele a puxou entusiasticamente pelo braço para dentro de sua casa, Ophélia, ainda de chinelos, foi arrastada assim mesmo.

Os pais dele estavam em casa, um casal simples e acolhedor, a dona da casa veio de avental: "Ophélia, venha, o jantar está quase pronto. Seu Waldemar, traz um suco aqui."

"Já vou!" - Sr. Salviano saiu da cozinha com várias garrafas de suco, guaraná e o que mais tivesse: "Temos café também, mas é solúvel, se quiser, Sheldon prepara pra você."

Ele era baixinho, mas de rosto amigável, toda a família tinha uma aparência simples e honesta.

Ophélia apressou-se em dizer: "Não quero incomodar, suco está ótimo."

"Ora, somos vizinhos, nada de incomodo. Além do mais, o Sheldon sempre come na sua casa, engordou dois quilos."

De fato, com sua personalidade, ela normalmente só manteria uma cortesia distante com seus vizinhos, não se tornaria tão próxima a ponto de ir jantar de chinelos na casa de alguém tão rapidamente.

Essa refeição não incluiu Gregório, mas ele estava lá em espírito.

Ophélia continuou indo trabalhar normalmente, mas estava visivelmente abatida por vários dias.

Rute notou que ela não estava bem: "Você não parece estar bem esses dias, o que houve?"

"Estou com insônia."

Nos últimos anos, Ophélia teve episódios graves de insônia, precisando de medicamentos para conseguir dormir, mas o resultado do tratamento medicamentoso não foi muito bom, deixando-a ainda suscetível à insônia, mesmo tendo superado a depressão.

Em uma tarde de sábado, Tarsila Fagundes voltou de viagem, arrastando sua mala direto para vê-la.

"Está vendo como eu gosto de você? Trouxe uns sequilhos para você, fiquei duas horas na fila para comprar".