De manhã, o céu estava tão nublado que parecia uma piada.
Havia uma conferência sobre finanças internacionais pela manhã, com a presença de várias personalidades importantes, como o presidente do FMI, o CEO da Agência de Investimentos da Indonésia e o presidente da Comissão de Supervisão de Bancos e Seguros.
Gregório era um dos palestrantes e, quando Lisandro foi buscá-lo, ele já estava esperando em frente ao prédio onde morava.
Seu sobretudo cinza-escuro intensificava a aura fria ao seu redor, uma combinação perfeita com o clima. Sua figura esguia estava ali, olhando para o celular, com um semblante tão sombrio quanto o céu.
Lisandro saiu do carro, abriu a porta e chamou: "Sr. Pascoal".
Gregório guardou o celular e olhou para cima.
Em um dia tão importante, a primeira coisa que ele disse foi: "Todas as outras mulheres são feitas de água, só Ophélia é feita de gelo."
Lisandro: "..."
Parecia que tinham voltado ao ponto de partida. Gregório olhou para o céu cinzento e sentiu-se como uma mosca sem cabeça, dando voltas sem encontrar o caminho.
Ophélia era como um ovo perfeitamente liso, sem nenhum ponto onde pudesse começar a descascá-lo.
Você pensa que encontrou uma brecha, mas depois de alguns dias, ela a fecha novamente.
Lisandro perguntou: "E como o senhor conquistou a sua esposa antes?"
"Antes?" - Gregório entrou no carro, algo o fez suavizar o olhar.
"Ela era muito obediente. Embora fosse fria, não tinha tantos espinhos, não picava você de vez em quando. Você só precisava aquecê-la lentamente e ela ficava bem. Ela tinha uma casca dura, mas por dentro era muito macia."
Lisandro insistiu: "E de onde vinham esses espinhos?"
A ternura no rosto de Gregório desapareceu como uma névoa.
Com um olhar frio e um tom sombrio, ele disse: "Você realmente sabe como atingir um nervo, não é?"
Lisandro limpou a garganta e mudou de assunto: "Eu só estava perguntando."
...
Dois dias depois, Ophélia recebeu uma ligação do Dr. Lopes.
"Ophélia, tenho uma boa notícia. Aquele patrocinador já conseguiu contato com um especialista do País A para a Onélia, e planeja enviá-la para tratamento."
"Sério?" - A surpresa de Ophélia foi seguida pela lembrança das "boas notícias" - mencionadas por Gregório.
Então era sobre Onélia.
Ophélia, sendo essa esposa: "..."
Dr. Lopes disse: "A gente só queria entender a situação da Dona Onélia, perguntar tudo direitinho para poder organizar o tratamento dela no exterior. É tudo pelo bem delas, mãe e filha, né?"
Diante dessas palavras, Ophélia não conseguiu recusar.
Ela suspirou lentamente: "Quando seria isso?"
"Você não tem plantão aos sábados, tem?" - O Dr. Lopes perguntou: "A equipe de lá é muito ocupada, vamos tentar encaixar isso na agenda deles. Eu tinha um plantão no sábado à noite, mas consegui trocar com um colega."
Ophélia estava de plantão na sexta-feira, mas poderia descansar na metade do sábado, o Dr. Lopes havia planejado até o dia do seu descanso.
"Certo."
Depois do plantão de sexta à noite, Ophélia chegou em casa, dormiu um pouco, se arrumou e foi para o endereço que o Dr. Lopes havia lhe enviado.
Quando chegou lá, encontrou o Dr. Lopes na porta e entraram juntos.
O Torre Londrina, que diziam ser um restaurante, parecia mais um jardim secreto escondido no meio da agitação da cidade. Ao se apresentarem na entrada, uma bela mulher vestindo um tradicional vestido longo os guiou para dentro.
Separado por apenas uma parede, o exterior era uma metrópole movimentada, mas o interior revelava um mundo completamente diferente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....