Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 227

Gregório franziu a testa.

A mesa inteira se olhou, confusa, em um silêncio mortal ninguém esperava que um simples encontro para beber acabasse assim.

Gregório, irritado, colocou o copo na superfície, fazendo um som ao tocar o mármore, não muito alto, mas o suficiente para fazer todos tremerem.

O vidro frágil também rachou um pouco.

Gregório pegou seu casaco e se levantou, abrindo caminho entre a multidão do bar para alcançar Ophélia na saída.

Ele agarrou o pulso dela: "Você está com raiva de novo?"

"Não estou." - Ophélia tentou se soltar e se afastar.

"Como você pode não estar?" - Gregório, segurando o casaco dela com uma mão, puxou-a de volta com a outra, apertando o braço dela com um pouco mais de força do que deveria, olhando para ela: "Por que você está com raiva?"

"Você o envergonhou por minha causa, por que tem que envolver outras pessoas em nossa história?"

Gregório ficou irritado por ela estar defendendo Bertram.

A divisão entre "nós dois" - e "os outros" - trouxe um sabor agridoce à situação.

Assim, ele se viu dividido, metade enfurecido, metade secretamente satisfeito.

"Não foi minha intenção envolvê-lo, você acha que eu queria ele no meio de nós?"

Gregório relaxou um pouco a mão, abaixou a cabeça, seus cílios escuros cobrindo seus olhos: "Se não fosse por medo de te irritar, já teria sido menos amigável com ele."

Ophélia não se comoveu: "E eu devo lhe agradecer por isso?"

"Não precisa." - Gregório sorriu, acariciando o queixo dela: "Apenas seja um pouco mais gentil comigo. Só um pouquinho."

Mas Ophélia afastou a mão dele com frieza.

"Você sempre reclama que Bertram se intromete entre nós, mas nunca pensou que ele não tem a intenção de fazê-lo? Se você não fosse tão teimoso, já estaríamos divorciados."

Ela retirou a mão, colocando-a no bolso do casaco, impedindo-o de segurá-la, e se afastou um pouco mais.

"Gregório, ninguém pode prever suas mudanças repentinas."

O olhar de Gregório escureceu visivelmente.

"Eu cometi um erro." - Sua voz se suavizou e ele se aproximou de Ophélia, segurando seu rosto: "Teremos mais três anos juntos, Ophélia. Dê-me uma chance de compensá-la, por favor?"

"De que adianta compensar depois? Eu ainda passei por esses três anos. Se existisse uma máquina do tempo, talvez eu pudesse te dar uma chance."

Ophélia o encarou: "Mas existe?"

Ela usou um pouco de força para empurrar a mão de Gregório.

"Quando você tinha seus rolos com a Kristina, eu nunca fui atrás dela, então não precisa se preocupar com Bertram."

"Vamos nos perdoar, um ao outro."

Ophélia desceu as escadas, havia um táxi esperando na beira da estrada, ela foi até lá, abriu a porta do carro e olhou para trás antes de entrar.

"Quando tiver se decidido, me ligue. Vamos resolver essa questão do divórcio."

"Não temos muito tempo, Gregório. É melhor acabarmos com isso de forma amigável."

O táxi se afastou de Gregório, já passava das nove, horário em que os bares começam a ficar cheios, com pessoas entrando e saindo constantemente.

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