Depois que Ophélia se afastou, imediatamente se arrependeu.
Não era por nada em especial, mas porque ela havia esquecido de pegar sua mochila com Gregório.
Tarsila Fagundes e Clorinda Serrano estavam agachadas à beira do caminho, mastigando barras de energia enquanto faziam apostas.
Tarsila Fargundes, com a confiança de quem se julga perito em identificar os melhores grãos de café do mundo, afirmou: "Aposto como ela nem torceu o pé."
Clorinda Serrano, visivelmente desconfortável, questionou: "Como você pode ter tanta certeza se ela torceu o pé ou não?"
"Isso é fácil!" disse Tarsila Fagundes. "É só dar um susto nela quando voltarmos, se ela pular, não torceu nada."
Clorinda Serrano, sem palavras, despejou os conteúdos restantes de sua bolsa - barras de cereal, chocolates, carne seca, linguiça, coxinha, e até mesmo garrafas de guaraná - tudo nas mãos de Tarsila, "Você ganhou, você ganhou."
"Já desistindo? Que sem graça." Tarsila Fagundes dividiu os prêmios, metade para si, metade para Ophélia, "Toma! No mundo das apostas, eu sou invencível."
A Ophélia, que já segurava uma bengala de caminhada e um kit de primeiros socorros, agora estava abarrotada de coisas, mal conseguindo segurar tudo e, hesitante, decidiu voltar.
Ela temia que Gregório tivesse levado sua mochila morro abaixo, e com tantos itens seria impossível de carregar.
Clorinda Serrano observou com desgosto: "Ophélia, como você pode se rebaixar a isso?"
Ophélia olhou para trás e respondeu: "Porque você perdeu."
Kristina realmente não tinha torcido o tornozelo.
Talvez ela só quisesse ser mimada por Gregório, mas Ophélia preferiu não desmascarar.
Mal havia dado alguns passos, Ophélia encontrou-se cara a cara com um homem que vinha em sua direção.
Gregório, ao ver o tanto de coisas que ela carregava, arqueou uma sobrancelha: "Você assaltou um esquilo?"
...Nenhum esquilo comeria todas essas coisas.
Ophélia pediu: "Devolve a minha mochila."
Gregório, que havia começado a andar, parou e olhou para ela com uma expressão indecifrável: "Por que eu faria isso?"
Com o rosto impassível, Ophélia respondeu: "Você sabe o porquê."
"Eu não sei," insistiu Gregório, encarando-a, "me diga."
Ela não queria ouvir suas desculpas, e Gregório, frustrado com sua própria estupidez e incapaz de agir, esperava que ela falasse, dando-lhe uma chance de esclarecer as coisas.
Mas Ophélia não estava disposta a lhe dar essa oportunidade.
Naquele momento, Mauro e os outros chegaram, menos Kristina e Nileson.
Ophélia se virou e continuou caminhando.
Bertram se aproximou dela mais uma vez, e o coração de Gregório parecia estar bloqueado por um tufo de algodão, não exatamente pesado, mas suficiente para deixá-lo angustiado.
Chegaram a uma encruzilhada, onde os dois que guiavam à frente pararam.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....