Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 158

Depois da fúria, veio uma profunda sensação de impotência.

Ophélia estava sentada à mesa, encurralada por ele, incapaz de correr ou se esconder.

Ela olhava fixamente para os olhos escuros e profundos de Gregório, e a insistência dele em não desistir até que tivesse uma resposta a esgotava.

Era óbvio que ele tinha outra pessoa em seu coração, mas sempre trazia o irmão para a conversa, como se ela fosse a traidora do relacionamento.

"Gregório, o que você quer afinal? Por que está me pressionando tanto?"

Gregório afrouxou um pouco a pressão de sua mão, acariciando o rosto dela com a ponta dos dedos e suavizando seu tom de voz, tentando acalmá-la:

"Não estou pressionando você. Apenas seja gentil e responda, está bem?"

Ophélia realmente não conseguiu resistir a um tratamento mais gentil. Ela mordeu o lábio, confrontando Gregório por um momento, antes de finalmente ceder e responder com desânimo: "Eu vejo o irmão como um irmão, como a avó, um parente querido que se preocupa comigo. Isso é suficiente?"

O coração de Gregório parecia ter se tornado um sino pesado, que foi tocado lenta e obtusamente, ressoando em seu peito.

"Então por que você disse à sua mãe que queria se casar com ele? Quem iria querer casar com o próprio irmão?"

"Originalmente, era pelo bem da avó. Eu só queria viver tranquilamente pelos próximos três anos. Ele é mais confiável que você." - A voz de Ophélia era muito suave: "Ele não me maltrataria."

O zumbido do sino fez o peito de Gregório doer, cada órgão sendo engolido por uma sensação de sufocamento.

Os eventos passados como um filme rebobinando rapidamente, finalmente se quebrando em pedaços afiados que perfuravam cada nervo.

"Isso é tudo?"

"O que mais poderia ser?"

"Você não o ama?"

disse Ophélia: "Eu nunca disse que o amava."

A mão de Gregório em sua cintura se apertou involuntariamente, percebendo que talvez ele tivesse entendido tudo errado.

Um erro absurdo e ridículo.

Ele engoliu, continuando a perguntar: "Se você não ama o irmão dele, então por que, no dia do noivado, quando ele trouxe Kaela Pacheco para casa, você ficou olhando para ele distraidamente? Depois do jantar, por que foi até ele em particular para perguntar se ele amava Kaela?"

Ophélia levou um momento para se lembrar do que ele estava falando.

O noivado de Gilberto Pascoal foi mais ou menos depois da festa de aniversário de Nileson.

A Sra. Pacheco vinha de uma boa família, com uma rica herança, amada por todos em sua casa. Seu noivado com Gilberto, como muitos, foi arranjado por seus pais, uma troca de interesses sem base emocional. No entanto, ambos se tratavam com respeito mútuo, Gilberto era gentil e atencioso com ela, respeitando-a também.

Depois do jantar, Ophélia levou a avó para o quarto e, ao sair, encontrou Gilberto no corredor.

A Sra. Pacheco precisava ir ao banheiro, mas tinha dificuldade de se orientar e a planta da Mansão Pascoal era um pouco complicada. Gilberto então tomou a iniciativa de acompanhá-la, esperando do lado de fora.

Quando estava de saída, Ophélia chamou pelo irmão e, sem conseguir se conter, perguntou: "Irmão, você ama a Dona Pacheco?"

Gilberto, com um tom sério, respondeu: "Na minha posição, o amor não é o mais importante."

Ophélia não percebeu que Gregório tinha ouvido a conversa.

Ela estava prestes a dizer algo quando Gregório perguntou: "Por que você olhava para Kaela com tanta inveja naquele dia?"

Por quê?

"Porque eu realmente a invejo. Ela tem pais, tem muitas pessoas que a amam; mesmo que você não a ame, você lhe dá dignidade e respeito. Ao contrário de mim".

"Eu não tenho nada, e pessoas como eu podem ser humilhadas sem consequências. É por isso que você pode brincar com meus sentimentos sem medo, pisoteando minha dignidade."

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