Gilberto observava em silêncio.
Seu irmão, desde pequeno, era desinibido e rebelde por natureza.
Apesar da família não querer que ele se envolvesse nos negócios de casa, ele mostrou ter um talento nato e fundou a Fortaleza Finanças S.A., criando sua própria lenda na Wall Street.
Com sua eloquência e charme, era capaz de convencer qualquer um, atraindo inúmeras admiradoras.
Ele se aventurou a esquiar, velejar, dominando qualquer atividade que decidisse experimentar. Parecia não haver nada que ele não pudesse aprender.
Gilberto nunca o tinha visto daquele jeito.
- Eu não confio nela com outra pessoa, mas se fosse você, pelo menos eu ficaria tranquilo.
Seu irmão orgulhoso, que tipo de sentimento o levou a dizer algo tão resignado?
Gilberto ficou confuso e, depois de um momento, disse: "Gregório, você já pensou que, mesmo que eu aceite, como vamos convencer nossos pais? Se a Ophie se divorciar de você para se casar comigo, você estará tentando matá-los com o coração?"
"Deixa que eu resolvo a parte dos nossos pais."
Gregório disse isso com uma confiança e despreocupação que deixaram Gilberto curioso: "Como você vai resolver?"
Gregório, com um cigarro na boca, respondeu de forma despreocupada.
"Quando chegar a hora, vou dizer que sou gay e levar um namoradinho para casa. O que você acha que eles prefeririam? Um genro ou a Ophélia?"
"..." - A incredulidade de Gilberto era evidente em seu rosto: "Pare de fazer palhaçadas. A vovó foi internada novamente há alguns dias, se você quiser terminar com ela, é só dizer."
Ele apagou o cigarro e, antes de entrar, deu uma última olhada em Gregório, dizendo:
O Sr. Allende colocou seus óculos e começou a bater na mesa para enfatizar seu ponto de vista: "Você não vê sua própria atitude? Agora até questionar minha escalação é arrogante?"
"Então eu sou arrogante" - disse Ophélia, colocando a balança sobre a mesa: "Só espero que você possa ser justa. Nosso departamento sempre teve um sistema de trabalho de seis dias, mas este mês tenho oito turnos noturnos. O senhor pode explicar por quê?"
O Sr. Allende se justificou: "Selena precisa cuidar de seus dois filhos e tem um paciente idoso em casa, por isso reduzimos seus turnos noturnos para que ela possa voltar para casa mais cedo. Não deveríamos ser compreensivos com sua situação?"
"Thiago também, sua esposa está grávida e com a gestação em risco, ele precisa estar em casa, e quanto a..."
"Entendo o caso da Selena, inclusive já cobri plantões para ela." - Ophélia não se deixou confundir por sua lógica e continuou: "Dr. Thiago, nem vou comentar, porque mesmo quando não está de plantão, ele não está em casa, algo que o senhor sabe melhor do que eu. E sobre a Solange—uma jovem solteira e sem filhos, com apenas três plantões noturnos no mês, menos até do que a Selena."
"Solange tem tido problemas cardíacos recentemente, precisa descansar mais. Veja só, você está sendo mesquinha, não demonstra nenhum altruísmo!"
O Sr. Allende estava furioso, a ponto de explodir. Quando viu que não conseguiria levar a melhor na conversa, começou a usar sua autoridade para intimidar: "Você não consegue nem fazer seu trabalho básico, perde seu turno e ainda acha que é demais para mim não descontar no seu desempenho? Fique aí, procurando problemas onde não há nenhum! Nosso pequeno departamento de oftalmologia definitivamente não tem espaço para um "grande santo" - como você. Se quiser ficar aqui, é melhor seguir as ordens. Caso contrário, vá até o diretor e peça para ser transferido!"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....