Bráulio chegou usando um ponto cego das câmeras e não chamou a atenção de ninguém, e o assunto foi resolvido tão silenciosamente quanto começou.
Ninguém sabia que ontem à noite, Ophélia havia sido sequestrada.
Isso porque ela havia sido severamente repreendida pelo Sr. Allende por deixar sua estação de trabalho.
Saindo do escritório do Sr. Allende, havia alguns funcionários no corredor, montando escadas para desmontar as câmeras antigas.
No escritório, havia um burburinho sobre os planos do hospital de substituir e adicionar novas câmeras.
Rute comentou com entusiasmo: "Eles dizem que os novos sistemas de vigilância cobrirão 361 graus, sem deixar nenhum canto morto. Eles até querem que todos os mosquitos que entrarem no hospital deixem suas preciosas pegadas!"
Selena expressou surpresa: "Como assim o diretor, uma vaca, decidiu abrir a carteira? Quantas vezes reclamamos das câmeras que continuam com defeito e ele nunca quis trocá-las, parecia que isso o prejudicava."
"Bem, de qualquer forma, é bom para nós. Trabalhar à noite será menos assustador, e Ophélia não precisará mais se preocupar com aquele louco!"
Rute ainda não sabia que o perigo já havia sido neutralizado e deu um tapinha consolador no ombro de Ophélia.
Ophélia respondeu com um murmurar: "Querem café? Eu convido."
"Claro, claro" - disse Rute, toda animada: "Como assim você está sempre me convidando para tomar café, ficou rica?"
Ophélia murmurou novamente: "Ganhei um dinheiro com o divórcio."
Solange, claramente incomodada, mas curiosa, perguntou: "Quanto ele te deu para você gastar assim tão livremente?"
"O suficiente para eu pedir demissão a qualquer momento. Você sabe, nós, os ricos, somos assim meio imprevisíveis."
Ophélia abriu o prontuário que não tinha terminado na noite anterior e disse calmamente: "Quando eu pedir demissão, vou levar você comigo. Então é melhor não me provocar."
Solange murmurou algo sobre arrogância e bateu a pasta na mesa com força.
Rute, vendo a cena, riu: "Nossa, o dinheiro realmente dá confiança!"
Quando chegou o final do ano, e com ele o fechamento anual dos bancos, Gilberto mal conseguia descansar quatro ou cinco horas por dia, passando dias sem voltar à mansão Pascoal.
Após o período mais intenso, ele encontrou um momento para ir para casa jantar.
"Irmão, você gosta dela?"
"De quem você está falando?"
"Ophélia."
Gilberto fez uma pausa, olhando para ele: "Você bebeu demais? O que está dizendo?"
"Não precisa se preocupar comigo. Se você realmente gosta dela, eu não me oporia a dar-lhe minha bênção." - Gregório baixou o olhar, batendo na cinza de seu cigarro, sua fala era desinteressada, mas era difícil dizer se ele realmente não se importava.
Gilberto parecia chocado e confuso: "O que você está falando? Como a Ophie poderia gostar de mim?"
Gregório respondeu: "Estou falando sério, não é brincadeira."
Nos últimos dias, os nervos de Gilberto haviam sido esticados como cordas de violão, sem um momento de descanso. Seus neurônios já estavam operando em sobrecarga e, justamente quando ele estava pensando em tirar um momento para respirar, seu amado irmão mais novo chegou com problemas.
Ele apertou a ponta do nariz, tentando entender a situação, e chegou à conclusão mais provável: "Vocês brigaram de novo?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....