Mas o agressor era forte demais, com facilidade a arrastou para as escadas, e um pano embebido em éter foi pressionado firmemente contra seu nariz e boca.
A alta concentração de éter rapidamente drenou as forças de Ophelia, turvando sua consciência.
Ela oscilava entre a inconsciência e um frágil estado de alerta.
Às vezes, sentia o cheiro característico de um carro, outras vezes, parecia ser amparada por alguém, sem saber para onde estava sendo levada.
Ela tentou gritar por ajuda, mas não conseguiu, caindo novamente em um estado de confusão.
Quando recuperou a consciência, encontrou-se deitada em um sofá.
Suas mãos e pés estavam amarrados com abraçadeiras, e uma fita adesiva cobria sua boca.
Ainda sob o efeito do anestésico, ela se sentia grogue e fraca, lutando para se sentar.
Na visão embaçada, viu um homem de constituição jovem e forte sentado à sua frente.
"Você acordou rápido." Disse o homem.
Aquela voz...
Bráulio!
Ela lembrou do texto ofensivo naquele cartão, da intuição arrepiante que teve naquela noite, na porta de casa.
Era ele mesmo...
A posição com as mãos amarradas atrás do corpo dificultava qualquer esforço, mas ela conseguiu se sentar após se esforçar no sofá, tentando se levantar.
Bráulio se levantou e a jogou de volta no sofá.
"Não gaste energia à toa, você não vai sair por essa porta", disse ele.
Ophelia se esquivou de sua mão, sua respiração agitada de raiva.
"Se você quer tanto vencê-lo, por que não vai direto a ele? Seria mais gratificante, não seria?"
Bráulio ficou momentaneamente surpreso.
Ophelia aproveitou a oportunidade para se libertar e correu em direção à porta, mas Bráulio a puxou de volta imediatamente.
"Não lute, hoje você não escapará de mim. Fique tranquila, eu também sei apreciar a beleza. Se você cooperar, eu te deixo ir depois de terminarmos."
A força de um homem adulto não era algo que Ophelia pudesse combater, especialmente com as mãos e os pés amarrados.
Ela tentou se livrar das mãos de Bráulio e gritou por ajuda, enquanto Bráulio ria sem qualquer pudor: "Pode gritar, eu quero ouvir você gritar."
Ele se inclinou para sussurrar em seu ouvido, com uma voz intencionalmente baixa cheia de malícia: "Só pra você saber, Gregório está no quarto ao lado. Talvez, se você gritar mais alto, ele possa ouvir."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....