Parecia que só eles dois estavam vivendo um mundo de casal.
Clorinda Serrano falava até que se calou.
Kristina estava deliberadamente criando a ilusão de estar muito próxima a Gregório, e todos esses posts no Facebook eram visíveis apenas para Ophelia.
Independentemente de Gregório ser realmente apaixonado por ela como os rumores sugeriam, essa ostentação de afeto diante de Ophelia era realmente...
Baixa.
"Ela é ainda mais baixa do que eu pensava. Fingir um momento a sós, isso é ridículo", disse Tarsila Fagundes. "Agora você sabe que tipo de pessoa é sua 'boa irmãzinha', né?"
Clorinda Serrano ficou em silêncio, desanimada.
Ela admitiu para si mesma que não tinha muito senso moral, mas ainda assim desprezava tais táticas desprezíveis.
Era como se seu ídolo tivesse desmoronado.
Ophelia ficou chocada por um momento.
Ela também acabara de descobrir que esses posts no Facebook eram uma ilusão criada por Kristina.
Mas foi apenas um breve momento de choque, e logo ela deixou para lá.
Gregório e Kristina estavam em Nova York, não era apenas naquele dia, naquele jantar.
Além disso, ela não estava interessada no amor deles no momento.
Clorinda Serrano e Tarsila Fagundes beberam demais, disputando um lugar para dormir aqui, cada uma ocupando metade da cama e tentando expulsar a outra.
"Como a Ophelia vai dormir se você ficar aqui?"
"Por que você e seu irmão não vão para casa? Não é como se você não tivesse uma!"
Ophelia acompanhou Bertram até a porta.
Ele tinha estado aqui esta noite, mas a maior parte do tempo ficou à parte, não perturbando a brincadeira das três garotas, apenas ocasionalmente trazendo algo para elas comerem ou beberem.
Podia-se dizer que ele foi um ótimo amigo nesta situação.
Quando Ophelia o acompanhou até o elevador, Bertram de repente perguntou: "Gregório sabe dessas coisas?"
Ophelia, que estava apertando o botão do elevador, levantou a cabeça para olhá-lo.
"Ele sabe ou não, qual a diferença?" Ophelia já estava lúcida, "Se Kristina tem coragem de me mostrar, é porque tem o apoio dele, não é?"
"Você realmente sofreu muito." Bertram disse.
Estava um pouco frio lá fora, e as mãos de Ophelia estavam nos bolsos do casaco: "Não importa o quanto ela se exiba, isso realmente não pode me machucar."
O que realmente a machucava era a atitude de Gregório.
Um cartão branco dobrado, um modelo bastante comum de floricultura, Ophelia abriu para ler o texto, e Rute também se inclinou para ver.
"O que está escrito..."
Ela não conseguiu ver nem uma palavra sequer, Ophelia fechou bruscamente o cartão, perdendo metade da cor do rosto, ficando pálida de dar medo.
"O que houve?" Rute percebeu que algo não estava certo.
Ophelia segurou o cartão firmemente, com os dedos rígidos, e perguntou: "Alguém viu?"
"Acho que não. Eu fui a primeira a chegar de manhã, vi e coloquei aí para você."
"Obrigada. Depois te pago um café."
Ophelia rasgou o cartão em pedacinhos, tão pequenos que seria impossível juntá-los novamente para ler o texto original.
Jogando no lixo, seu corpo rígido finalmente começou a relaxar um pouco.
Rute ficou um pouco nervosa: "Quem mandou isso, afinal? Você parece que recebeu uma bomba."
Ophelia se debruçou sobre a mesa, com as mãos apoiando a testa, franzindo o cenho intensamente: "Também não sei quem foi. Um pervertido."
No cartão, não havia assinatura, apenas uma linha escrita:
"Quero ouvir você gemer."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Volta! Volta!!! A Nossa Casa
Legal, eu estava lendo e gostando, mas não tinha condições pra continuar, tomara q seja uma boa leitura por aqui....