Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 103

Ophélia ficou aturdida por um momento.

Era a primeira vez que alguém dizia algo assim para ela.

"Estou bem, isso não me incomoda muito. Afinal de contas, eles dizem todo tipo de coisa e, depois de ouvir tanto, você não tem muito com o que se preocupar. Tenho medo por você..."

"Se isso não o incomoda, então estou tranquilo."

Bertram parecia um pouco desconfortável, evitando olhar diretamente nos olhos dela, deslocando o olhar para o nariz dela.

"Desculpe, na verdade eu vim aqui de propósito hoje. Quando Clorinda o chamou, eu soube."

Ophélia entendeu o que ele quis dizer com isso. Ela havia pensado que Clorinda Serrano estava apenas tentando fazer algum acordo maluco, mas agora Bertram estava deixando claras as suas intenções.

Então, ela fez uma careta.

Bertram parecia ainda mais nervoso do que ela, levando a mão ao nariz para limpar a garganta e desviando o olhar.

O restaurante estava com o ar-condicionado ligado no máximo e Ophélia estava usando um cardigã de lã merino creme, leve e macio.

Seus cabelos estavam presos atrás das orelhas, revelando um rosto delicado e pálido, abraçada em seu casaco, segurando o celular.

O clima estava constrangedor e sutil.

Quando Gregório entrou, viu exatamente essa cena.

Seu olhar pausou em Ophélia por um breve momento, varrendo indiferentemente o homem ao lado dela, antes de voltar a ela.

Concentrando-se nas orelhas avermelhadas de Ophélia, seus olhos escureceram ligeiramente.

"O que está fazendo aí parado, vindo ao restaurante para trabalhar como segurança depois do expediente?"

Foi só então que Ophélia e Bertram o notaram.

E Kristina também, que estava logo atrás dele.

Ophélia desviou o olhar, nem mesmo se deu ao trabalho de cumprimentá-los.

"Ophélia? Bertram?" - Kristina pareceu surpresa ao vê-los: "Vocês também vieram aqui para jantar?"

Bertram e eles eram colegas, mas não tão próximos quanto Mauro e Nileson eram de Gregório, então ele apenas os cumprimentou brevemente: "Que coincidência".

Gregório estava distraído, com um olhar profundo e enigmático fixo em Ophélia, que o ignorava.

Kristina disse: "Gregório estava preocupado que a cicatriz no meu joelho ficasse feia, então ele marcou uma consulta com o melhor especialista em reparos do País A, que coincidentemente foi hoje."

Naquele momento, Tarsila Fagundes e Clorinda Serrano saíram do banheiro se empurrando e, ao ver as duas novas presenças, Clorinda exclamou surpresa: "Dona Kristina".

Desde pequena, ela sempre admirou Kristina, querendo seguir seus passos. Mas ela era cerca de quatro ou cinco anos mais nova que Kristina, e os amigos de Kristina naquele círculo não gostavam de incluir uma criança em suas brincadeiras.

Kristina estava franzindo os lábios, observando as interações entre Gregório e Ophélia, quando ouviu uma voz e sorriu: "Você veio aqui para comer com seu irmão?"

"Não, eu vim com Ophélia."

Kristina fez uma pausa e, sorrindo, perguntou: "Desde quando você e Ophélia são tão próximas?"

Clorinda Serrano, cheia de segundas intenções, mas com pouca sinceridade, só percebeu naquele momento que, embora originalmente estivesse do mesmo lado que Kristina, agora estava tão próxima de Ophélia que parecia ter traído a causa.

Que situação! Ela deveria ter ficado escondida no banheiro!

Com um sentimento de culpa, Clorinda Serrano confessou: "Quando eu estava no hospital, Ophélia cuidava de mim com frequência..."

Tarsila Fagundes percebeu sua hesitação e, friamente, a confrontou: "Oportunista! Não foi você que insistiu para se juntar a nós?"

"Eu..." - Clorinda Serrano abriu a boca, olhando para Kristina e depois para Ophélia, enfrentando uma situação tão difícil pela primeira vez, ela simplesmente não sabia o que fazer.

Ophélia disse: "Você não precisa se sentir tão pressionada. Como você faz amigos e com quem faz amigos é uma escolha sua. Você já é adulta o suficiente para, pelo menos, ser responsável por suas próprias ações."

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