VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 41

Lívia Cabral soltou um sorriso frio, andou até lá e levantou a mão para dar um golpe.

"Ah!"

A pena de galinha desceu duramente sobre o braço de Neva Vargas, que soltou um grito, deixando cair o que tinha nas mãos.

Swoosh, swoosh, swoosh!

A pena de galinha continuou a atacá-la sem parar, fazendo Neva Vargas correr com dores pela casa.

Ela não esperava que Lívia começasse a agredi-la sem dizer uma palavra, sentindo inchaços por todo o corpo - nas mãos, nas costas, nos ombros e nas pernas.

Ela segurou a cabeça, protegendo o rosto, furiosa com a situação.

"Lívia, você enlouqueceu? Pare já com isso, você acha que tem o direito de me bater?"

Lívia riu de forma sarcástica: "Como assim não me chama mais de 'irmã'? A casa está suja, não seria melhor limpar do que deixar o mau cheiro se espalhar? Esse seu odor, dá para sentir de longe."

Swoosh, swoosh!

Mais dois golpes, e Lívia aplicou bastante força.

Neva Vargas não aguentou, protegeu a cabeça e fugiu correndo do vestiário.

Lívia, com o peito subindo e descendo em fúria, olhou para os objetos que Neva tinha tocado, sentindo quase um vômito subir pela garganta.

Ela arrancou tudo que Neva tinha tocado da gaveta e colocou no lixo.

Saindo do vestiário, Neva Vargas não tinha ido embora, estava ao lado da cama, inclinando-se para ajudar Samuel Paiva.

"Irmão Samuel, você está suando muito, assim vai pegar um resfriado. Deixe-me ajudar a tirar sua roupa molhada."

Lívia sentiu um arrepio, sua voz fria como gelo.

"Tire as suas mãos sujas daí!"

Ela andou em direção a eles, e Neva, assustada, soltou a mão, mas o homem na cama, ainda sonolento, a segurou.

"Não vá."

A voz rouca do homem soou, e os passos de Lívia pararam como se pregados ao chão.

Ela sentiu um escuro à sua frente, enquanto Neva mostrava um rosto surpreendido:

"Irmão Samuel, você acordou?"

Neva se inclinou, lançando um olhar desafiador em direção a Lívia.

Era o quarto dela e de Samuel, o seu lar, o seu refúgio final. Como Lívia poderia suportar isso?

Ela correu até lá, empurrando Neva Vargas com força, desejando poder dar umestalo em Samuel, e disse com a voz a tremer.

"Samuel, você consegue ver quem é de verdade? Você está mesmo a ser demais!"

Samuel tinha tomado um remédio para dormir com efeitos sedativos e não estava a descansar bem ultimamente. Dormir abraçado a Lívia o fazia se sentir seguro.

Como ele e Neva Vargas poderiam ter esse tipo de relação?

Será que, aos olhos dela, ele era o tipo de homem que trazia mulheres desordenadas para casa?

A reação de Samuel, aos olhos de Lívia, era de um homem que, mesmo em fúria, ainda defendia Neva Vargas.

Neva Vargas podia fazer aquilo, mas ela não podia nem falar, o coração de Lívia esfriou até ao ponto de congelar.

“Irmão Samuel, você não deveria se zangar, foi um erro meu vir aqui, eu causei um mal-entendido...”

Neva Vargas, segurando a barriga com uma mão, puxava o braço de Samuel ansiosamente tentando levantar-se.

Lívia observava a confusão entre eles, sentindo uma dor nos olhos e em todo o corpo, não podia ficar ali nem mais um momento.

“Tudo bem, eu vou deixar o espaço para vocês!”

Ela se virou para sair, com os olhos cheios de lágrimas.

Aquelas lágrimas brilhantes, tocadas pela luz do abajur ao lado da cama, pareciam agitar o coração de Samuel, cujo cérebro, lento e dolorido pela febre, de repente se tornou lúcido, invadido por um pânico.

Ele deu um passo para seguir Lívia, mas Neva Vargas o abraçou fortemente pelo braço.

“Dói, Irmão Samuel...”

Samuel a soltou bruscamente, deixando-a no sofá, e correu para fora, desaparecendo rapidamente na porta.

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