VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 297

Lívia pegou os exames de angiografia de Samuel e seguiu em direção ao prédio de internação.

Quando o elevador se abriu, ela acabou esbarrando em alguém.

Involuntariamente, Lívia levou a mão ao ventre e disse: "Desculpe…"

"Perdão."

Para sua surpresa, a pessoa à sua frente também falou ao mesmo tempo.

Ao olhar para cima, Lívia viu que havia esbarrado acidentalmente em uma mulher grávida.

A mulher, cuja barriga já era evidente, também estava colocando a mão na barriga.

Os movimentos sincronizados fizeram com que as duas compartilhassem um momento de cumplicidade, sorrindo uma para a outra.

"Você também está grávida, não está?" perguntou a senhora de forma amigável.

Lívia assentiu com a cabeça: "Estou com apenas três meses, ainda não dá para ver. E você deve estar com cinco ou seis meses, não acha?"

"Imagine, eu ainda não tenho nem cinco meses."

Lívia arregalou os olhos ao ver o tamanho da barriga da outra, parecendo um pouco preocupada.

A expressão de Lívia fez com que a outra gestante risse, mostrando-se bem falante.

"Você é jovem e está na sua primeira gravidez, não se preocupe. Mesmo que agora esteja esbelta, depois desses três meses iniciais, vai ver como a barriga começa a crescer de repente. É incrível como muda a cada dia, parece até que estamos inflando um balão."

Lívia, meio atônita, concordou com a cabeça, acariciando seu ventre com um misto de novidade e expectativa.

"Entendo, obrigado por compartilhar sua experiência comigo."

"Imagine, obrigado. Estou com pressa, tenho que ir trabalhar. Vejo você mais tarde." A senhora acenou e foi embora.

Lívia se virou para se despedir, mas sua expressão se fechou quando viu duas pessoas paradas a alguns passos de distância. Eram Neva e Angélica.

Angélica estava apoiando Neva, que vestia um pijama de hospital e já mostrava uma leve protuberância na barriga.

A expressão no rosto de Neva não havia se suavizado com a gravidez; seus olhos estavam fixos no ventre de Lívia.

Ela acenou com a mão perto do nariz: "Esse cheiro de chá está muito forte, Neva. Não dá para mudar a fórmula? O que você diz já está tão repetitivo que me cansa só de ouvir."

Neva fingiu surpresa e tristeza: "Mana, o que você quer dizer? Eu só quero que as crianças se deem bem. Aliás, o Irmão Samuel já sabe da novidade?"

Lívia respondeu friamente: "Você fala tanto, mas no fim só quer me ver mal. Mas o filho que você espera não é do meu marido, e nós duas sabemos disso. Você acha mesmo que ainda pode me afetar? Poupe seus esforços, já estou cansada por você."

Neva estava magoada, enquanto Angélica a apoiava, franzindo a testa para Lívia.

"Sra. Cabral, suas palavras são muito duras. Neva foi tão cordial, por que ser tão agressiva?"

Lívia olhou para ela com frieza: "Como você conseguiu sair da delegacia? Uma pessoa que infringiu a lei de difamação ainda tem a audácia de estar aqui dando lições de moral?"

Angélica havia sido liberada sob fiança naquela manhã, após um esforço considerável.

Lembrando-se dos dias em que esteve detida e do sofrimento que passou, ela desejava poder separar Lívia e Susana, mas sabia que Lívia era mais complicada do que parecia e não ousava mais agir impulsivamente.

Angélica mordeu os lábios, sem dizer mais nada.

Neva, no entanto, suspirou e disse: "Irmã, fui eu e o Irmão Samuel que imploramos por clemência, e foi por isso que o Irmão Samuel concordou em deixar a Sra. Angélica em paz. Irmã, você não pensa, se não fosse pela palavra do Irmão Samuel, como é que a polícia teria ousado liberar a Sra. Angélica sob fiança?"

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