Viver Para Crescer romance Capítulo 15

Beatriz

Me arrasto com pesar e tomo banho, me seco e me visto em tempo recorde de uns calções e uma regata que comprei em uma lojinha.

Desço para o lobby do hotel e vejo Rafael conversando com uma mulher linda, elegante e toda oferecida para ele. Noto ele apreciando ela e um sentimento de tristeza me invade.

Passo por eles e não falo nada, saio do hotel e entro no carro me encolhendo no banco.

Ele entra no carro e Jerry dá partida ao mesmo. Finjo nem notar sua presença e sei que fracassei.

Que merda está acontecendo comigo?

Ele me lança um papel, pego e vejo que é um jornal.

Eu e ele na primeira página. Foto tirada na entrada da festa.

Estavamos abraçados, eu tava rindo e ele falando algo no meu ouvido rindo também.

A parte destacada estava escrito " o grande milionário Rafael Romano perdido de amores pela jovem Beatriz Rodrigues " .

Não leio mais e entrego de volta a ele. Pois tristeza bateu de caras comigo, tudo aquilo é mentira.

Me pergunto o porquê de tanta tristeza por causa dele. Eu queria que aquilo fosse verdade?

Ele me destrata e ainda assim me importo.

Fiquei perdida em pensamentos até chegarmos a casa. Saio do carro e entro logo me dirigindo ao meu quarto. Entro e me tranco no mesmo.

Penso em escrever mas meu corpo não obedece. Fico deitada na cama perdida em pensamentos.

Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo, de repente as velhas dores ressuscitam em outra forma.

Me sinto desolada mas não sei o motivo.

Sei o motivo da minha tristeza mas não entendo porquê se manifesta.

A dor mental é pior que a física.

Como a dor do coração é maior que qualquer ferimento no corpo.

Hoje eu me sinto diferente. Ou sentia.

Como se tivesse uma sementinha em mim crescendo. Essa sementinha se chamava esperança, que não foi regada e morreu.

{...}

Desperto e sento na cama, meu estômago reclama de fome. Olho no relógio e são 13h42min. Sinto saudades de Bella e minha irmã..

Talvez se eu pedir ele me deixa ir lá ver elas hoje. Espero que ele aceite.

Sem delongas saio do quarto e vou para a cozinha. Não sei se sorte ou azar -fico pela sorte - não apanho Rafael na mesma.

Me sirvo um prato de arroz e feijão e um copo de suco tropical. Sento na mesa e como. Acabo comendo apenas metade do que tinha no prato, arrumo tudo e lavo o que sujei.

Decido ir ao escritório do Ogro para falar com ele.

Como de costume entro sem bater e ele me olha furioso.

- Quantas vezes já mandei para você bater antes de entrar? - ele diz baixo e tremo com seu tom..

- Rafael eu já disse que essa garota foi péssima escolha. - E foi aí que eu vi a vagabunda da Mia no escritório.

- Desculpe. - peço a ele, ignorando ela completamente.

- Se desculpa fizesse recuar no tempo. - ela diz debochando e Rafael lhe lança um olhar e ela cala.

- Gostaria de falar com você, por favor. - peço olhando pra ele. - A sós. - essa parte eu digo olhando pra ela.

- E aí, o que vocês tem feito? - pergunto.

- Uhm, eu... Na verdade eu, tive que assinar um contrato pouco depois que você veio aqui na última vez. - minha irmã diz e eu olho pra ela.

- Me conta esse negócio. Sem envolvimento sexual não é? - pergunto.

- Bem... Eu, eu perdi minha virgindade. - olho surpresa pra ela e ela me conta tudo.

- Se você está bem com isso, então que bom. - digo e estou realmente feliz com isso, pelo menos ela perdeu porque quis. Não foi obrigada a se tornar mulher.

- Ele é legal sabe. Tem 22 anos, é um gato e me trata como uma princesa. Foi repentino sim, mas acabou acontecendo. A forma como as coisas estão correndo, parece que somos namorados há anos e nos damos muito bem. Eu gosto dele.

- Fico feliz por você. - digo e beijo seu rosto.

- Eu também estou com alguém. Um cara gostosão que se chama Lucas. Transamos feito coelhos! - Bella diz e eu rio. - E você? Como está? - ela diz e meu sorriso morre logo.

- Ele é estúpido, mandão, um Ogro. E ainda tem aquela vagabunda da Mia que nem sei o que ela é pra ele, mas ele acredita sempre nela e não em mim. Ele é um Dominador, qualquer coisa que eu faça que ele não gosta me surra. E o pior, é que qualquer coisa me prende nele. - dou uma pausa e continuo. - Eu transei com ele ontem. - digo baixo.

Elas ficam surpresas e as reações são exageradas. No fim me enchem de perguntas e tudo mais.

Depois de um tempo eu me despeço e saio.

O táxi já me esperava e segui para casa.

Cheguei na mesma por volta das 8h da noite.

Entrei correndo em direção ao meu quarto, mas sinto alguém me puxar para um quarto. Rafael!

Mal fecha a porta e me beija.

E que beijo.

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