Um Vício Irresistível romance Capítulo 15

Nos últimos dias, Clarice vinha ouvindo os colegas do escritório comentando sobre o novo Bennett Jurídico. Diziam que o dono era um "cidadão do mundo", formado fora do país. Clarice, ocupada com pilhas de trabalho, não tinha tido tempo para se interessar pelo assunto. O que ela não esperava era que o escritório fosse de Asher.

Afinal, a família Bennett sempre esteve envolvida com o setor de aviação. Como poderiam, de repente, abrir um escritório de advocacia?

— Então você já ouviu falar! Sim, o Bennett Jurídico é meu. — Asher confirmou, com um sorriso discreto.

— Eu me lembro que você era um dos melhores alunos de Direito da Universidade de Londa. Se tivesse seguido a carreira de advogado naquela época, pode ser que hoje fôssemos concorrentes! — Comentou Clarice, tentando parecer leve, apesar do cansaço.

“Mesmo que eu tivesse me tornado advogado, nós nunca seríamos rivais.” Pensou Asher, sem dizer em voz alta. No fundo, ele sabia: faria qualquer coisa para ajudá-la, jamais para competir com ela.

De repente, a voz de Jaqueline ecoou pelo local, carregada de desespero:

— Clarinha! Clarinha! Onde você está?

Clarice sentiu uma onda de emoção e levantou o braço, acenando com força.

— Jaque, estou aqui!

Não muito longe, um carro reduziu a velocidade e parou. A janela foi abaixada, revelando o rosto frio de Sterling. Ele olhou para Clarice, que ainda estava envolta no casaco de Asher, com uma expressão que misturava indiferença e desprezo. No dedo dele, o anel de casamento ainda brilhava sob a luz do poste.

Mas que tipo de marido era aquele? Clarice não precisava dele para nada.

Logo em seguida, Sterling subiu a janela do carro e acelerou, desaparecendo na estrada.

Asher abriu a porta do carro, abaixou-se e colocou Clarice suavemente no banco traseiro.

— Deixe sua amiga levar o meu carro. Eu resolvo o que ficou pendente aqui. — Disse ele, recuando alguns passos enquanto ajeitava o terno.

Jaqueline correu em direção a Asher, cerrando os punhos, pronta para atacá-lo. Mas ao reconhecer o rosto dele, congelou no meio do caminho, parando com a mão suspensa no ar.

— Sr. Asher? É você? — Perguntou ela, incrédula.

Ela tinha certeza de que era algum bandido, mas agora não sabia como reagir.

Asher jogou a chave do carro para ela.

— Levem a Clarinha para casa.

— E você? Não vem com a gente? — Jaqueline perguntou, confusa.

— Não se preocupem comigo. Só levem a Clarinha antes que ela fique doente. — Respondeu Asher, caminhando em direção ao assistente que o esperava próximo ao carro.

Jaqueline preparou um chá de limão e entregou para ela. Após beber, Clarice foi para o quarto e finalmente se deitou.

Mal tinha adormecido quando o celular começou a tocar. Meio grogue, ela pegou o aparelho e atendeu.

— Clarinha, sobre o trending topic da Teresa, já resolvi tudo. Não precisa se preocupar. Além disso, mandei entregar seu presente de aniversário para o Sterling. Pedi para ele te entregar: 5% das ações do Grupo Davis e o bracelete que pertence à família Davis há gerações. Não importa o que aconteça, você sempre será a única esposa do meu neto que reconheço. — A voz de Túlio era firme, mas carregada de carinho. Ele imaginava que Sterling, com seu temperamento explosivo, provavelmente causaria uma briga ao chegar em casa. O telefonema era sua maneira de tentar confortar Clarice.

Clarice ficou tão emocionada que não conseguia encontrar palavras para responder. No final, apenas murmurou:

— Obrigada, vovô.

— Agora vá descansar. Sterling deve te entregar o presente amanhã.

— Boa noite, vovô.

Depois de desligar, Clarice permaneceu acordada por um longo tempo, com o coração agitado.

No meio da madrugada, a tela do celular acendeu com uma notificação. Quando ela abriu, viu uma manchete que a deixou sem ar:

“Sterling pede Teresa em casamento no hospital, oferecendo o bracelete da família Davis e ações do Grupo Davis”

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