Um chefe irritante e irresistível romance Capítulo 264

Um burburinho atravessa a sala do tribunal e o juiz b**e o martelo para restabelecer a ordem.

O advogado de defesa de Xavier levanta uma sobrancelha, surpreso por ouvi-la dizer a verdade.

— Então, senhora Souza — ele insiste. — A senhora admite que essas fotos foram tiradas sem o conhecimento do meu cliente?

— Sim, ele não estava ciente inicialmente. No entanto, após eu enviar as fotos, o Xavier as utilizou de maneira estratégica, manipulando toda a situação para que sua família, especialmente o Victor, acreditasse que Marina era, de fato, sua amante.

Do outro lado da sala, Leonel solta um longo suspiro, visivelmente aliviado ao vê-la optar pela verdade. No entanto, a leve sensação de alívio é rapidamente substituída por um peso esmagador em seu peito. A mulher diante dele, que um dia foi uma garota doce e generosa, agora parecia irreconhecível. A transformação dela em alguém capaz de trair uma amiga de forma tão fria e cometer atos tão cruéis o deixava com o coração partido.

Por outro lado, Xavier mantém a expressão impassível, mas os músculos tensos de sua mandíbula traem sua irritação.

— Senhora Souza, em algum momento a senhora tentou alertar Marina ou Victor sobre o que estava acontecendo?

— Não — admite, encolhendo os ombros. — Tive medo. Não sabia o que Xavier poderia fazer comigo.

Do lado da defesa, Xavier dá uma risada seca, chamando a atenção de todos. Ele balança a cabeça, como se não acreditasse no que ouvia.

— Admita, sua descarada! Você nunca teve medo, estava ocupada demais, se envolvendo com outro homem e achando que tinha tirado a sorte grande! — grita Xavier, com o rosto vermelho de raiva.

— Senhor Ferraz! — interrompe o juiz, batendo o martelo com autoridade. — Mantenha-se em silêncio! A ordem e o respeito são princípios fundamentais neste tribunal. Qualquer nova interrupção ou comportamento inadequado resultará em sanções imediatas. — O tom firme do juiz faz com que todos na sala fiquem em silêncio.

O advogado de Xavier recua, percebendo que pressioná-la mais poderia apenas prejudicar ainda mais seu cliente.

— Sem mais perguntas, meritíssimo — ele diz, com um tom seco, antes de se sentar novamente.

Andressa olha uma última vez para Leonel, como se buscasse aprovação. Ele responde com um aceno quase imperceptível, um pequeno gesto que a faz sentir, pela primeira vez em muito tempo, que havia feito a coisa certa. O juiz agradece a testemunha e a dispensa, permitindo que ela deixe o banco de testemunhas com a sensação de que, apesar de tudo, havia dado o primeiro passo para se redimir.

Após algumas horas, o juiz encerra o primeiro dia daquele julgamento. Enquanto os murmúrios do público ecoam pelo tribunal, cheios de choque e críticas. A confissão de Andressa acrescenta um elemento explosivo a um caso já repleto de traições, manipulações e crimes imperdoáveis.

Enquanto Andressa caminha para fora do tribunal, os olhos de Joana a seguem com um ódio palpável, queimando como brasas. O nervosismo entre as duas é tão evidente que Andressa, apesar do medo que lhe consome, sente que precisa dizer algo antes que a oportunidade escape. Com passos hesitantes, ela se aproxima de Joana, ainda algemada e sob a supervisão de uma policial.

— Senhora Ferraz — começa Andressa, sua voz treme ligeiramente, mas esforça-se para soar calma. — Sei que nada do que eu diga pode apagar o que fiz, mas quero aproveitar este momento para pedir perdão. Eu me arrependo profundamente de tudo e, se pudesse voltar no tempo, jamais teria me envolvido com o seu marido.

Quase prestes a ser conduzida para fora, Joana vira lentamente o rosto na direção de Andressa. Seu olhar é uma mistura de incredulidade e desprezo, como se as palavras da mulher não fossem mais do que vento.

— Agora é fácil se arrepender, não é? — murmura Joana com sarcasmo, revelando rancor na voz. — Depois que já destruiu tudo, vem aqui falar de arrependimento. Que conveniente…

264: A verdade liberta, sim! 1

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