Afonso estava sentado no sofá.
Com uma expressão sombria no rosto.
Seu olhar, porém, parecia perdido, sem fixar-se em nada.
Camila falou: “Eu sei que você está chateado, mas não fique sempre cerrando os punhos, senão vou ter que enfaixá-los novamente.”
Brice entrou na sala, chamando: “Tio.”
Afonso finalmente levantou a cabeça.
Mas seu olhar para Brice era sombrio e assustador.
“Sua mão está bem?” A voz de Brice era fria e distante.
Camila se aproximou de Brice, puxando seu braço suavemente e sussurrando: “Neste momento, melhor não provocá-lo, você sabe muito bem…”
“Camila, eu tenho algumas coisas para dizer ao meu tio em particular, você poderia nos deixar a sós por um momento?”
Camila olhou para Afonso e, após recolher a caixa de medicamentos, saiu, mas não fechou a porta completamente, nem se afastou muito.
Afonso, naquele momento, parecia uma fera selvagem e furiosa, pronta para atacar a qualquer momento de seu canto.
Camila ainda estava preocupada.
Brice se aproximou de Afonso, com uma voz normal: “Tio, com certeza você tem algo para me perguntar. Eu vim aqui para esclarecer suas dúvidas. Responderei a todas as suas perguntas com sinceridade.”
Brice, com serenidade: “Claro, eu também estava pensando em mim. Eu amo a Carolina desde a universidade, e meu amor por ela não é menor que o do tio. Mas naquela época, eu cheguei tarde demais, depois do tio. O tio me ensinou que não devemos cometer o mesmo erro duas vezes, então, desta vez, eu decidi agir primeiro.”
A voz de Brice era calma.
Mas Afonso não conseguiu mais se controlar, explodindo de raiva, ele agarrou a gola de Brice: “Muito bem, agir primeiro. Brice, você ainda me considera seu tio? Você sabe como foram meus últimos quatro anos? Sabe o quanto eu me desgastei tentando encontrá-la? E você, no meu momento de maior dor, decide apunhalar meu peito, chamando-me de tio, sendo alguém que eu criei e vi crescer!”
Nos olhos de Brice, um lampejo de frieza se agitou.
Seu olhar era firme, encarando diretamente Afonso, e sua voz, embora calma, carregava uma clara repreensão: “E o tio, sabe como foram esses anos para mim? Sabe o quão doloroso foi para mim? Sabe como meu coração sangrou ao vê-la feliz em seus braços, sorrindo? Sabe como foi doloroso me forçar a chamá-la de tia? Tio, eu tentei ceder e desistir. Se até hoje vocês ainda estivessem felizes e apaixonados, eu teria permanecido nos Estados Unidos e nunca voltaria. Eu te dei uma chance, mas foi o tio que a perdeu. Agora, não vou mais ceder. Não quero mais amar às escondidas. Vou me casar com Carolina, viveremos juntos, e espero que o tio não interfira em nossa vida.”
“Sonha você!”
Afonso desferiu um soco.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Traição Seguida de Doce Carinho
Cadê a continuação????...
Cadê os capítulos? Porque demora tanto para atualizar ? 😪...
E os capítulos?????...
Cade os capitulos ?????...
liberem mais capítulos, por favor...