Carolina finalmente entendeu.
A avó estava zangada com Afonso por causa do pai dela.
De fato, a avó sempre foi boa para o pai. Carolina se lembra que, todo ano, a casa tinha mais vegetais frescos do que podiam comer, todos trazidos de longe pela avó, que confiava a tarefa a conhecidos para que trouxessem até a cidade.
Ela sempre dizia que os vegetais de casa eram saudáveis porque não levavam pesticidas.
Mas, depois que a mãe morreu subitamente, isso foi um golpe fatal para a avó.
A avó perdeu o marido quando era jovem.
Criou a mãe sozinha, cuidou para que estudasse e, por um acaso do destino, até se tornou uma celebridade.
Devido à morte da mãe, a avó não conseguia perdoar Dário.
Por muitos anos, o pai de fato vinha visitar e até tentou trazer a avó para morar na cidade.
Mas, a cada vez, a avó se recusava a vê-lo.
Nos últimos anos, Dário também raramente aparecia.
Carolina disse: "Mas Afonso é diferente. Avó, não pode misturar ele com as coisas do pai. São duas pessoas diferentes."
A avó estava frustrada, como se lamentasse a falta de sabedoria: " Sua mãe se apaixonou pelo seu pai por causa do quê? Aquele rosto bonito. Mas de que serve um rosto bonito? Deixe te dizer, quanto mais bonito o homem, menos confiável e responsável ele é. Não quero que você siga os passos da sua mãe."
Carolina tentou explicar por um bom tempo.
Mas a avó era teimosa, e não havia sido convencido.
Ela acreditava de que homens bonitos eram apenas enfeites, e que aqueles da cidade, ainda mais, estavam acostumados a uma vida de privilégios, e que Carolina certamente sofreria ao lado deles.
Carolina subitamente se arrependeu profundamente.
Por que não impediu Afonso de vir para o campo?
Enquanto Carolina estava no quarto tentando sapatos, estava obviamente distraída.
Os sapatos estavam um pouco apertados, e a avó disse que precisavam de ajustes.
Aproveitando que a avó estava ocupada com a tesoura fazendo ajustes nos sapatos, Carolina escapuliu do quarto.
Afonso acabara de retirar água do poço no quintal e estava na cozinha lavando a louça.
Carolina então disse: "Talvez você devesse ir embora amanhã. Minha avó é muito teimosa, e você vai acabar sofrendo aqui."
Mas Afonso, enquanto lavava a louça, falou calmamente: "Se a avó já tem uma má impressão de mim, então eu deveria ficar e tentar mudar sua opinião. Ela é sua avó, a pessoa mais importante para você, e, naturalmente, torna-se importante para mim também. Sofrer um pouco não é nada."
Carolina não esperava que Afonso fosse dizer algo assim e se sentiu profundamente tocada.
"Tudo bem, não me atrapalhe enquanto lavo a louça. Vai fazer companhia para a avó no quarto."
"Não, vou ficar aqui com você. Vou te dar uma massagem."
Enquanto falava, Carolina se posicionou atrás de Afonso, insistindo em massagear e bater em suas costas.
Afonso, no entanto, esboçou um sorriso malicioso: "Se você quer me massagear, não precisa ter pressa. À noite, terei a oportunidade de te mostrar uma boa performance."
Carolina, que não tinha pensado em nada impróprio, ao ver o sorriso familiar de Afonso, entendeu imediatamente.
Ela disse irritada: "Continue lavando a louça. Não vou mais te incomodar."
Ela então saiu correndo, com o rosto corado.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Traição Seguida de Doce Carinho
Cadê a continuação????...
Cadê os capítulos? Porque demora tanto para atualizar ? 😪...
E os capítulos?????...
Cade os capitulos ?????...
liberem mais capítulos, por favor...